Arquivo: Novembro 2009

SOS Honduras

29 Novembro 2009

hondurasgolpe_72dpi.jpgTrês dezenas de organizações portuguesas (cívicas, políticas, sindicais) lançaram um apelo aos chefes de estado e de governo reunidos em Lisboa na XIX Cimeira Ibero-Americana (que decorre neste fim-de-semana) para que, de forma clara e sem ambiguidades, condenem o golpe militar levado a cabo nas Honduras em 28 de Junho passado. A mensagem denuncia os preparativos dos golpistas para se legitimarem no poder através da convocação de eleições que não oferecem garantias de liberdade.
Em Julho deste ano, um mês depois do golpe, as mesmas organizações convocaram um protesto de repúdio pelo golpe militar, associando-se à movimentação internacional pelo restabelecimento pela legalidade nas Honduras. Na altura, o protesto apontou as responsabilidades dos EUA nos acontecimentos, mostrando que o golpe faz parte duma ofensiva das forças reaccionárias e imperialistas para contrariar os avanços de vários povos do continente americano na defesa da sua soberania e de sistemas sociais mais justos e igualitários.


Constâncio, ponta de lança

25 Novembro 2009

O governador do Banco de Portugal é um dos grandes responsáveis pela delapidação dos dinheiros públicos, quer pela sua incompetência (ou cumplicidade?) na fiscalização do sector financeiro (BPN, BPP, etc) quer, ainda, pelo chorudo ordenado que embolsa todos os meses. É este homem que, sem vergonha, vem agora afirmar que a médio prazo há que aumentar os impostos (provavelmente o IRS e o IVA) aconselhando, igualmente, os empresários a não aumentaram os salários dos trabalhadores mais do que 1 ou 1,5% e o governo a aumentar ainda menos do que isso os funcionários públicos.


Estado espanhol: repressão continua

Na vizinha Espanha, para além das altas taxas de desemprego e da exploração desenfreada de imigrantes, mantém-se elevada a repressão. Na mira, novamente os independentistas. Na madrugada do dia 24, mais de 650 polícias e magistrados desencadearam uma mega operação no País Basco e em Navarra, detendo 35 jovens e “visitando” 92 locais – residências e estabelecimentos diversos, incluindo associações de moradores. Segundo o governo espanhol (do “socialista” Zapatero) e o seu aparelho judicial, estes jovens estariam ligados à organização juvenil Segi, que por sua vez estaria ligada à Batasuna, que por sua vez estaria ligada à ETA.


Boicote e resistência: Israel e África do Sul

Nadine Rosa-Rosso —

israel-barcode.jpgO boicote a Israel é uma palavra de ordem muito antiga. Nos anos 80, os anti-imperialistas boicotavam tanto as toranjas de Jaffa ou os abacates de Carmel, como as laranjas de Outspan ou as maçãs do Cabo. O que hoje torna o boicote a Israel mais massivo e popular é acima de tudo o massacre selvagem da população de Gaza pelo Tsahal (as Forças armadas de Israel) e a resistência encarniçada dos combatentes palestinianos. A vitória da resistência libanesa de 2006, dirigida pelo Hezbollah, preparara já a mudança na opinião internacional.
A luta pela abolição do apartheid na África do Sul pode servir de referência à actual luta pela Palestina, na condição de que a respectiva história seja fielmente reconstituída. E, nessa história, o papel do boicote internacional deverá ser correctamente avaliado.


Cimeira da NATO em Edinburgo

Manuel Baptista — 24 Novembro 2009

afghanistan_war_72dpi.jpgNo momento da cimeira parlamentar da OTAN/NATO em Edimburgo e à beira de um desastre militar, igual em repercussões à enorme derrota dos EUA no Vietname, os altos dirigentes do «império global» tentam desesperadamente uma solução.
É uma armadilha onde eles próprios se foram colocar e onde se enterraram ao longo de oito anos de guerra criminosa e que serviu exactamente o oposto do seu propósito declarado.


EUA: que Forças Armadas?

20 Novembro 2009

Não é apenas a destruição e a morte que as Forças Armadas norte-americanas levam a diversas partes do mundo. As consequências materiais e morais de tais actos atingem os próprios EUA e mesmo o interior das suas Forças Armadas. Só desde Janeiro de 2009, já se suicidaram nos EUA 140 militares no activo e 71 na reserva. E, por vezes, militares descontentes com as acções de guerra promovidas pelo seu país descarregam o descontentamento ou o desespero sobre os colegas. Foi, por exemplo, o que recentemente aconteceu com o ataque levado a cabo na base americana de Fort Hood, Texas, em que o major Nidal Hassan atirou sobre dezenas de pessoas, matando 13 delas.


A luta nacional dos ferroviários de 1969

PG / sobre uma exposição de Carlos Domingos —

comboio_web.jpgEm 28 de Outubro passado, decorreu na Câmara Municipal de Lisboa uma sessão comemorativa dos 40 anos da grande luta nacional dos ferroviários, travada em plena era marcelista. Carlos Domingos fez uma palestra em que relatou os acontecimentos da época, mostrando os processos de organização postos em prática, a união conseguida entre os trabalhadores e a vitória conseguida apesar das difíceis condições políticas da altura. É a sua exposição que aqui resumimos.


Fehst subcontrata

19 Novembro 2009

A Fehst é uma fábrica de componentes para a indústria automóvel, em Braga. Actualmente, com elevados níveis de produção, a administração da fábrica promoveu uma empresa paralela e recorre à subcontratação “colocando os próprios trabalhadores da Fehst numa situação de subocupação e até de paragem”. Na opinião das organizações representativas dos trabalhadores trata-se de “uma habilidade laboral que, se não for fiscalizada, pode afectar os trabalhadores do quadro permanente”. São muitos os truques a que recorrem os patrões. Há que denunciá-los e combatê-los.


Ao serviço da guerra e do imperialismo

17 Novembro 2009

Segundo Santos Silva, actual ministro da Defesa do governo de José Sócrates, em Janeiro aumentará para 150 militares o contingente português no Afeganistão. Conforme afirma o ministro, tal resultaria de uma decisão política já assumida na anterior legislatura. Entretanto, Marcos Perestrello, secretário de Estado da mesma pasta, aproveita ir à bola e passar revista aos militares portugueses estacionados na Bósnia. Para além do muito dinheiro mal gasto nestas andanças (que tão necessário seria para fazer face às graves questões sociais que afectam os trabalhadores), a participação portuguesa nestas guerras deve merecer o nosso mais vivo repúdio.


Cesare Battisti em greve de fome

15 Novembro 2009

Preso há mais de dois anos no Brasil e tendo obtido refúgio político neste país há cerca de um ano, Cesare Battisti iniciou uma greve de fome contra a sua eventual extradição para Itália. Em carta a Lula da Silva, Battisti coloca a sua vida nas mãos do presidente brasileiro. A extradição está dependente da decisão do conservadorismo empedernido do Supremo Tribunal Federal brasileiro que, assim, poderá entregar este preso político nas mãos do fascistóide Berlusconi. Além do mais, tal entrega representaria um recuo no campo dos direitos humanos, desrespeitando o direito ao refúgio e ao asilo político. Solidariedade com a luta de Cesare Battisti!


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