Arquivo: Junho 2008

Quase 300 trabalhadores em risco de desemprego

Pedro Goulart — 30 Junho 2008

teviz72dpi.jpgMais uma fábrica falida a juntar à já longa lista de empresas que nos últimos tempos têm passado por idêntica situação. E é o emprego de 270 trabalhadores que está em causa.
Este é mais um caso de uma administração ruinosa (ou os empresários terão outros planos?) pois, apesar de a empresa estar a trabalhar em pleno, com os trabalhadores a fazer horas extraordinárias e de haver encomendas ainda para vários meses, chegou-se a esta situação. E os trabalhadores têm estado a receber os salários “a prestações”, tendo várias vezes, no decurso dos últimos meses, recorrido à greve em defesa dos seus direitos.


Astúcias do dispositivo mediático

Pedro Sanches Duarte —

O indivíduo contemporâneo encontra no dispositivo mediático um sistema de referências orientador da sua prática quotidiana, sendo precisamente aí que germinam as suas representações do mundo. Apesar desse dispositivo lhe revelar uma microscópica parcela do mundo em que vive – na medida em que os médias têm por missão dissimular o que não convém mostrar do real: as hierarquias, a miséria, a desumanidade –, o espectador julga sempre aceder à totalidade desse mundo. Por outro lado, a informação a que tem acesso inibe-o de confrontar o modelo de sociedade em curso.


100 milhões à morte

Manuel Raposo —

africa3_72dpi.jpgEm poucos meses a subida dos preços dos bens alimentares colocou milhões de pessoas em todo o mundo na condição de famintos. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) 100 milhões de pessoas podem morrer sobretudo na América Latina, em África e na Ásia.
Os preços de bens alimentares vêm a subir desde 2000 mas desde 2006 foi a escalada, coincidindo com o início da crise do crédito imobiliário nos EUA. O arroz mais que triplicou; o trigo, o milho e a soja mais que duplicaram.
As consequências são incomparavelmente mais graves para os pobres. Enquanto as populações mais ricas gastam de 10 a 30% dos seus rendimentos na alimentação, os pobres gastam de 60 a 90%. A carestia é catastrófica para os quase 3 mil milhões de pessoas (perto de metade da população mundial) que subsiste com menos de 1,50 € por dia.


Próxima edição: Setembro

29 Junho 2008

Por motivo do período de férias de verão que se aproxima, a edição n.º 10 do MV (versão em papel) sairá nos primeiros dias de Setembro. Porém, o MV digital continuará a ser editado regularmente, mantendo-se assim activo e actualizado. Os leitores podem pois continuar a enviar-nos as suas opiniões e comentários, divulgação de iniciativas, reportagens, imagens… Não deixe de visitar o nosso site e dê-nos notícias.


O MV só pode existir com uma forte adesão de assinantes

Cristina Meneses —

Milite no «MV» através da angariação de novas assinaturas de familiares, colegas de trabalho, amigos, vizinhos. Estamos no limiar de ultrapassar as duas centenas de assinaturas mas precisamos de muitas mais.
O processo de assinatura é fácil mas fazemos um apelo aos assinantes que ainda não liquidaram o pagamento: não suspendemos qualquer envio ainda que a produção em tipografia e os encargos de expedição sejam elevados. Contamos com a sua célere regularização.
Os pedidos de assinatura podem ser feitos neste site, secção Assinaturas.


Ardinas MV

Cristina Meneses —

mvardina_72dpi.jpgEntre aqueles que já conhecem o jornal, e querem ver o número mais recente, e aqueles que são surpreendidos pela sua existência, a simpatia e a receptividade são bastante boas e vêm melhorando. Os números estão aí para o provar; em exemplares distribuídos e em contributos recebidos. Mas ninguém fica sem o seu exemplar se não tiver a moeda a jeito.


Falta de alimentos ou falta de dinheiro para os comprar?

João Bernardo — 28 Junho 2008

fome3_72dpi.jpgEm termos globais, não há hoje no mundo escassez de alimentos. A primeira grande revolução económica do capitalismo operou-se na agricultura e não na indústria. Há seis séculos atrás, na zona mais densamente urbanizada da Europa só cerca de 5% da população vivia nas cidades e os restantes 95% viviam nos campos. Isto significa que eram necessários 95% da população para prover à subsistência da totalidade da população. O capitalismo inverteu esta proporção. Hoje, nos países mais desenvolvidos bastam menos de 5% da população para produzir alimentos que não só chegam para satisfazer todos os habitantes destes países mas que ainda são exportados em enormes quantidades. Nos primeiros tempos do capitalismo, foi este colossal crescimento da produtividade agrícola que libertou força de trabalho para a indústria e para os serviços. Depois estes ramos de actividade começaram a acelerar-se uns aos outros e os progressos das indústrias mecânica e química permitiram melhorar ainda a produtividade agrícola.


Tempos difíceis

Os tempos não são fáceis e publicar um jornal como o Mudar é preciso ter coragem. Primeiro que tudo, era preciso que entre nós, malta da esquerda, nos deixássemos das divergências do costume. Eu pessoalmente gosto do jornal, e tenho enviado para os meus amigos o site na net, porque penso que o mais importante é trazer pessoal que nunca participa em nada. Eu penso que aí é que está o grande desafio que o jornal pode ter: informar das lutas que se vão travando para trazer malta que nunca participa em nada. Se essa batalha for ganha, acho que estão de parabéns.
Emanuel Cruz


O Não da Irlanda

O Não da Irlanda representa o Sim por uma Europa dos cidadãos, contra a Europa dos burocratas e antidemocratas da Comissão da UE, do directório e dos governos – como o portugês – que lhes prestam vassalagem.
Fernando Barão


Com a corda na garganta

A quem me estiver a ler, aqui fica a minha reflexão. Acham que o problema é só dos que têm vindo para a rua protestar? Dos que tiveram a coragem de fazer greves e paralisações? Acham que são todos uns perigosos comunistas que vos roubarão a casa e o pão que ainda comem?
Estão contentes e felizes com este governo e ainda acreditam na propaganda dele?


Página 1 de 6 Mais antigos >