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Tópico: Sociedade
Justiça de classe
Christine Lagarde culpada mas sem punição
Pedro Goulart — 23 Dezembro 2016
A Justiça francesa considerou agora a diretora-geral do FMI culpada por “negligência” num processo de pagamento estatal ao empresário Bernard Tapie, quando Christine Lagarde era ministra das Finanças do então presidente Nicolas Sarkozy. Os juízes responsáveis por este processo alegaram que o falhanço da ex-ministra das Finanças em contestar a indemnização de cerca de 404 milhões de euros atribuída ao empresário tinha sido negligente e levado à utilização indevida de fundos públicos. Mas, sem vergonha, o mesmo Tribunal de Justiça da República de França não aplicou qualquer punição a Christine Lagarde nem, tão-pouco, ficou registada qualquer condenação no seu cadastro criminal.
Seis milhões de crianças morrem por ano de causas evitáveis
Pedro Goulart — 9 Dezembro 2016
Segundo dados da UNICEF, seis milhões de crianças continuam a morrer no mundo todos os anos devido a causas que são evitáveis. Apesar dos progressos alcançados nas últimas décadas — há 15 anos havia quase o dobro das crianças hoje nesta situação — a UNICEF recorda que as crianças dos agregados familiares mais pobres têm duas vezes mais probabilidades de morrer antes dos cinco anos do que as crianças dos meios mais ricos. E a verdade é que doenças infecciosas, diarreia, desidratação mortal e subnutrição crónica, causas de morte da maior parte destas crianças, seriam tratáveis a custos relativamente baixos.
Editorial
Para que conste
4 Novembro 2016
O caso, de tão tenebroso que é, fala por tudo o que se possa dizer sobre relações de trabalho.
Em Setembro de 2011, Anderson Delgado, 18 anos, trabalhador da fabrica Dayna, em Alhos Vedros, morreu carbonizado pelo incêndio de produtos inflamáveis que estava a manusear. Apesar dos testemunhos dos colegas da vítima e da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), o Ministério Público da Moita arquivou o caso um ano depois, por não ver provas de negligência ou violação de normas de segurança por parte do patrão, Licínio Oliveira.
A fábrica, porém, não tinha licença para manusear produtos inflamáveis e o local do acidente era um anexo clandestino. Trabalhadores contaram à ACT que quando se queixavam de falta de segurança ouviam do patrão “Se não estão bem mudem-se, o que não falta são trabalhadores”.
O mesmo patrão tivera já dois outros incêndios com a mesma origem em outras fábricas que detinha na Margem Sul e fora multado mais de uma vez por abandonar produtos tóxicos ao ar livre.
Super lixo na escrita e no audio-visual
Carlos Completo — 2 Outubro 2016
Para além da habitual intoxicação e lixo que circulam na generalidade dos media, incluindo pseudo-notícias e “análises” promovidas pelos donos do capital, pelo FMI, pela Comissão Europeia, etc. (e executadas aqui pelos seus lacaios), há aqueles veículos de comunicação e programas que conseguem ultrapassar tudo e todos pela quantidade e qualidade do lixo que acumulam e divulgam. E em muitos dos livros presentes no mercado livreiro também se verifica problema semelhante.
É o capitalismo e a sua lógica
Pedro Goulart — 20 Junho 2016
Quando o ex-vice-primeiro-ministro Paulo Portas aceitou ser contratado pela Mota-Engil pouco tempo após deixar o governo, tal como já antes acontecera com a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, no momento em que esta anunciou que acumularia o cargo de deputada com o de administradora não executiva da gestora financeira Arrow Global, levantou-se uma grande indignação na sociedade portuguesa, particularmente a nível da esquerda parlamentar e de alguns articulistas desta área.
Contratos de associação: um cimento aglutinador da maioria?
António Louçã — 15 Junho 2016
O significado da polarização política em torno dos contratos de associação dos colégios privados com o Estado não pode ser subestimado. Em 29 de Maio veio para a rua a “onda amarela” com umas dezenas de milhares de pessoas diante do parlamento, a defenderem os interesses dos colégios privados. Em 18 de Junho será, pelo contrário, a manifestação convocada pelos sindicatos em defesa do ensino público.
Um nojo
1 Maio 2016
No âmbito da iniciativa “Prémios EDP solidária 2016”, que ocorreu no Museu da Electricidade, António Costa foi abordado por Eduardo Catroga, chairman da EDP e ex-ministro das Finanças do PSD, que atacou: “Os acionistas da EDP precisam de conversar consigo”. Costa, incomodado, respondeu apenas: “Muito bem, muito bem”. Por momentos, o primeiro-ministro conseguiu “iludir” Catroga, mas este voltou à carga mais à frente, agarrando Costa pelo braço. “Se você precisar de mim para dar aí alguns entendimentos eu disponho-me a isso”, garantiu Catroga. E insistiu:”Porque eu tenho essa visão da política, que não é partidária”. A imagem que ficou deste chairman na televisão foi a de um Catroga (já bem conhecido) sabujo e mercenário – um nojo.
O folhetim do Panamá
Pedro Goulart — 14 Abril 2016
As revelações diariamente vindas a público a partir dos chamados Papéis do Panamá são claramente orientadas e ocupam grande parte do espaço informativo e de debate. Até agora não nos têm surpreendido: limitam-se a revelar alguma coisa do que já sabíamos ou pressentíamos sobre as múltiplas e habituais operações financeiras de muita gente das classes dominantes. Só os distraídos podem estar seriamente indignados.
À falta de melhor, chamemos-lhes aproveitadores
Manuel Raposo — 2 Abril 2016
Depois dos escandalosos aumentos de vencimentos de três administradores da Autoridade Nacional da Aviação Civil, decididos pelo governo PSD-CDS nas suas últimas semanas de depredação (caso referido por Pedro Goulart em texto de 2 de Fevereiro), vieram a público outros dois exemplos do mesmo tipo de aproveitamento, “legítimo”, das vantagens dadas pelo poder e pelos altos cargos públicos: o da candidata à presidência da República Maria de Belém e o da ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque. Será interessante perguntar por que razão a ilegalidade e a imoralidade invocadas por vários quadrantes estão destinadas a morrer sem efeitos práticos.
Agravam-se as desigualdades
Pedro Goulart — 3 Março 2016
A Oxfam, uma organização não-governamental de âmbito mundial empenhada na luta pelo desenvolvimento e contra a pobreza, acaba de publicar dados recentes sobre a desigualdade social no mundo. Dois factos ressaltam: a desigualdade na distribuição dos bens é enorme e tende a aumentar; e a crise mundial do capitalismo tem agravado a situação, crescendo o fosso que separa os ricos dos pobres.
Os números apresentados não deixam margem a dúvidas.