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18 Novembro 2025
Tópico: País
Luta de classes, senhores, é luta de classes!
Manuel Raposo — 18 Novembro 2025

Para o patronato nacional e para as forças políticas que o representam, o padrão de governação ideal é o da troika. Essa referência da nossa história recente não pode ser esquecida porque está aí a evidência prática dos propósitos do Governo e das confederações patronais ao meterem mãos à revogação das leis laborais. Submeter o trabalho à exclusiva vontade de gestores e patrões (e mesmo aos humores de uns e outros), retirar ao trabalho os meios de resistir às medidas ditatoriais que o capital entenda levar a cabo, reduzir os trabalhadores a um somatório de indivíduos facilmente manipuláveis, colocá-los em concorrência fratricida uns com os outros (nacionais ou imigrantes) – é essa a finalidade, mal disfarçada com a propaganda reles de “fazer crescer o país”.
Greve geral. Reerguer a luta dos trabalhadores
Editor / António Barata —

As medidas propostas pelo Governo de alteração ao código do trabalho, fruto de uma concertação absoluta com as confederações patronais, não deixam margem para dúvidas sobre o que pretendem: cortar nas condições de vida dos assalariados e reduzi-los a uma massa de gente sem capacidade de resistência que cada patrão possa manipular como e quando quiser. Depois da grande e combativa manifestação do passado dia 8 contra o pacote laboral, a questão que se coloca é a de fazer da greve geral marcada para 11 de dezembro um ponto de viragem na resistência dos trabalhadores ao patronato e à direita.
Aviso sobre as eleições de dia 12: O poder local não existe
Manuel Raposo — 9 Outubro 2025

Mais de 9 milhões de eleitores estão a ser chamados a escolher uns quantos milhares de autarcas que vão governar concelhos e freguesias em nome, assim se diz, dos interesses locais das populações. Afirma-se que não há outras eleições em que a relação dos eleitores com os eleitos seja tão próxima, e determinada por assuntos tão concretos. Mas sempre que se abre uma nova campanha eleitoral repetem-se as mesmas queixas da parte das populações que não vêem, décadas a fio, progresso digno desse nome nas suas condições de vida.
Sobre a hipocrisia do ocidente democrático
Manuel Raposo — 11 Setembro 2025

As comemorações pelo fim da segunda guerra mundial, em 9 de maio em Moscovo e em 3 de setembro em Pequim, permitem – pela ausência deliberada das potências ocidentais, que boicotaram ambos os eventos – separar águas, oitenta anos depois, acerca do papel de cada um dos principais intervenientes no conflito. Alguns dos mitos persistentes alimentados pelo ocidente imperialista podem hoje ser desfeitos, não apenas pelas circunstâncias que rodearam aquelas comemorações, mas sobretudo pelo curso que os acontecimentos mundiais tomaram nos anos recentes.
NATO e UE empurram-nos para a guerra
Manuel Raposo — 17 Julho 2025

As últimas semanas deram a conhecer mais um capítulo do avassalamento da Europa perante o imperialismo norte-americano. Os 5% de despesas militares exigidos por Trump aos membros da NATO, mais o compromisso dos europeus de sustentarem a guerra na Ucrânia comprando material militar aos EUA, mais as tarifas aduaneiras impostas às exportações europeias significam a completa submissão da Europa aos desígnios norte-americanos.
E agora? A situação política do país após 18 de maio
Manuel Raposo — 23 Junho 2025

A surpresa, para não dizer o pânico, que se apoderou de sectores da esquerda portuguesa com os resultados das eleições de 18 de maio só pode resultar de uma tremenda falta de atenção ao que vinha sucedendo de há anos a esta parte. Para nos situarmos apenas nos tempos mais recentes, desde 2019 que a trajectória de quebra da esquerda e de subida da direita estava à vista – num primeiro momento, mascarada pelos resultados positivos do PS de António Costa à custa dos parceiros BE e PCP, o que foi ingenuamente aceite como uma vitória “da esquerda”; num segundo momento, já sem esse véu de ilusão, mostrando à luz do dia a cavalgada da direita e da extrema-direira neofascista.
Um retrato a cores do regime político
Urbano de Campos — 6 Maio 2025

A campanha eleitoral teve no seu arranque oficial uma contribuição que não pode deixar de ser assinalada: o apoio vibrante e empenhado de Cavaco Silva ao líder do PSD, Luís Montenegro. Com o peso que ainda julga ter como ex-primeiro-ministro e ex-presidente da República, Cavaco fez uma espécie de declaração papal ungindo Montenegro não apenas como o mais bem preparado para chefiar o próximo governo, mas também como um exemplo de rectidão e probidade.
Impressões sobre a campanha eleitoral
Urbano de Campos — 23 Abril 2025

A campanha eleitoral nem sequer começou oficialmente, mas o mote está dado acerca do desenlace que se dará a 18 de maio: ou ganha a direita assim, ou ganha a direita assado. A dúvida está no facto de as sondagens, até agora, não descartarem a possibilidade mais terrível para as gentes do poder: um empate. Ora, para que a indesejável instabilidade governativa não volte a colocar nuvens sobre o curso dos negócios, a distribuição de fundos europeus, ou os planos de uma economia de guerra, ensaiam-se hipóteses sobre o apoio que o perdedor mais forte deve dar ao fraco vencedor. Tirando isso, restam os temas menores para entreter o eleitor-espectador.
EUA, UE: a guerra como sobrevida
Manuel Raposo — 8 Fevereiro 2025

O mesmo indivíduo que um dia acusou os portugueses de esbanjarem os subsídios da União Europeia “em mulheres e vinho”, veio há pouco exigir que os gastos militares do país (como de todos os membros da NATO) passem de 2% para 5% do PIB. Disse mesmo, sem qualquer rebuço, com a soberba de um colonizador, que esse acréscimo de despesa deveria ser conseguido à custa das pensões, da saúde pública e da educação. O personagem, Mark Rutte (*), era então primeiro-ministro da Holanda e é agora secretário-geral da NATO.
José Carlos Codinha
Editor — 23 Janeiro 2025
Faleceu a 9 de janeiro, com 82 anos, o nosso camarada José Carlos Midões Codinha. Natural da Nazaré, desde jovem se empenhou nas lutas sociais e políticas, fosse na sua terra natal, fosse no país ou em França, para onde emigrou nos anos de 1960, fugido à tropa colonial e ao regime fascista. Fez parte dos grupos marxistas-leninistas O Comunista e O Grito do Povo, que viriam a originar a OCMLP (Organização Comunista Marxista Leninista Portuguesa) de que foi destacado militante e dirigente. Em 1976, contribuiu para a dissolução da OCMLP, e aderiu, com muitos outros camaradas, ao PCP(R) (Partido Comunista Português (Reconstruído)), fundado no final do ano anterior. Foi membro do seu comité central durante vários anos.