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24 Novembro 2024
Arquivo: Abril 2022
O verdadeiro propósito dos EUA
Editor / Global Times — 29 Abril 2022
Numa reunião realizada na Alemanha em 26 de abril, na base militar norte-americana de Ramstein, o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, afirmou sem pudor o que já era fácil de ver: o propósito dos EUA na guerra é enfraquecer a Rússia. Ganha assim todo o sentido, agora pela voz dos próprios, a aposta norte-americana de prolongar as hostilidades o mais possível, tentando convencer o mundo de que a Ucrânia vai vencer. Prolongar as hostilidades significa não apenas fornecer armas e conselheiros a Zelensky, mas também alimentar a ilusão de que os russos podem ser vencidos, e ainda bloquear todas as tentativas de negociação ou de mediação conduzidas por países terceiros, caso dos europeus ou da Turquia.
Nem mais um tostão para a Nato!
Urbano de Campos — 27 Abril 2022
A guerra na Ucrânia está a servir de pretexto aos governantes e poderes públicos nacionais para criarem na população uma atitude resignada de aceitação do aumento dos gastos com as Forças Armadas. Primeiro o ministro da Defesa do anterior governo, antecipando-se mesmo ao Orçamento do Estado, depois a ministra da Defesa do novo governo e o próprio primeiro-ministro, agora o presidente da República — vieram dar como inevitável o aumento do orçamento militar e apresentar como inquestionável o empenhamento do país na guerra.
Um parlamento agachado
Editor — 14 Abril 2022
Teria sido simples, como já foi dito, evitar a guerra na Ucrânia. Bastaria cumprir os acordos de Minsk de 2014-15 e garantir que o país não entraria na NATO, como a Rússia reclamou até 24 de fevereiro. Teria sido ainda mais simples se, em 2014, os EUA e a UE não tivessem promovido um golpe de estado em Kiev e instalado um governo ao seu jeito com a missão de afrontar a Rússia.
Ainda mais simples teria sido se, na conferência da NATO de 2008, em Bucareste, os EUA não tivessem imposto na declaração final (mesmo contra a vontade de franceses e alemães) o “convite” para a entrada da Ucrânia e da Geórgia na Aliança.
Poder económico do imperialismo é arma para punir o resto do mundo
Editor / Sara Flounders — 5 Abril 2022
Como toda a gente está a sentir no seu dia a dia, as sanções contra a Rússia decididas pelos EUA e pela UE não atingem apenas a Rússia mas todo o mundo. Uma das vítimas imediatas é a própria UE, que se viu cair, de um dia para o outro, num abismo económico que a coloca numa maior dependência face aos EUA, sem conseguir de modo nenhum colmatar as quebras do comércio que ainda ontem tinha com a Rússia. Outra das vítimas é o resto do mundo, onde se incluem os países menos desenvolvidos e dependentes, ameaçados pela fome pura e simples.