D. José Policarpo esperneia

14 Outubro 2012

A profundidade da crise do capitalismo ajuda a clarificar as posições de classe de cada um. Em conferência de imprensa para apresentar a peregrinação de 12 e 13 de Outubro, em Fátima, D. José Policarpo condenou as actuais manifestações de rua. Quando, finalmente, milhares de pessoas decidem defender os seus direitos, o cardeal pergunta “até que ponto construímos saúde democrática com a rua a dizer como se deve governar?”. Quando as injustiças da austeridade são postas em causa, o bispo afirma que “não se resolve nada contestando, indo para grandes manifestações” e, tão pouco, “com uma revolução”, uma vez que “estes problemas foram criados ao longo de muito tempo”. Quando os trabalhadores fazem ouvir-se a uma só voz por todo o país, D. Policarpo critica a “reacção colectiva a este momento nacional”. Quando a população contesta a legitimidade do governo, pelas medidas que aplica e pelas mentiras que foi espalhando, o líder da igreja católica portuguesa sentencia que “está a acontecer uma corrosão da harmonia democrática, da nossa Constituição e do nosso sistema constitucional”. Para D. José Policarpo, pelos vistos, boas só mesmo as manifestações de Fátima!


Comentários dos leitores

Mauricio Arrais 15/1/2013, 10:52

Os bispos e padres não se deviam meter na política. A história deles ao longo dos séculos foi criminosa, deviam ter vergonha de aparecerem na televisão. Até a concordata de 1940 com o ditador devia ser extinta em democracia. A religião católica tem sido um prejuízo para a humanidade. Vivem á custa de quem trabalha, até tem o estado do Vaticano, um banco, e conseguem ter feriados, que o estado democrático lhe concede. Falam na miséria, mas do bolso deles nem um cêntimo sai. (...)


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