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Arquivo: Janeiro 2012
À manjedoura
19 Janeiro 2012
Uma corrida desenfreada aos tachos, é o que se está a passar com as nomeações para cargos dirigentes de empresas ainda públicas, com a Águas de Portugal, ou recém-privatizadas, como a EDP. Sem pudor nem disfarce, autarcas e figuras gradas do PSD e do CDS foram colocados à cabeça de uma e de outra. Estão em causa não apenas os altos vencimentos, mas também a preparação das privatizações que estão na calha. Estes homens de mão bem pagos vão dar início a “um novo ciclo”, como disse a ministra Assunção Cristas. Quer dizer: entregar bens públicos ao capital privado nas melhores condições.
A EDP, as nomeações e o governo
Pedro Goulart —
A polémica suscitada pelas recentes nomeações para os órgãos dirigentes da CGD, EDP e Águas de Portugal, que encheu os próprios média do regime, revela bastante daquilo que é a absoluta falta de vergonha dos dirigentes políticos burgueses quanto à “honestidade” das suas promessas e dos objectivos que dizem prosseguir. Os que quiseram acreditar em Passos Coelho e no PSD, assim como aqueles que geralmente amocham perante as ofensivas do patronato, têm aí bem à vista o tipo de sociedade que estes políticos defendem e a espécie de gente que realmente são.
CGTP convoca manifestação para 11 de Fevereiro
15 Janeiro 2012
A CGTP anunciou que vai convocar uma manifestação nacional, a realizar em Lisboa, para o dia 11 de Fevereiro. Sob o lema “contra o medo e a resignação”, a manifestação tem por objectivo protestar contra o aumento do horário de trabalho, a carestia, o desemprego e os cortes nos salários.
Cresce a vaga de lutas
Manuel Raposo —
Os anúncios de fim da crise e de retoma económica estão a revelar-se como uma burla mais cedo do que se esperaria. A virtude da austeridade mostra ser apenas a de reclamar mais austeridade. Os resultados estão à vista, escassos dias depois da aprovação do Orçamento do Estado: mais défice que servirá para justificar mais medidas punitivas dos trabalhadores. Só uma resposta pode trazer resultados úteis: a luta de todos os sectores atingidos.
Assalto ao quartel de Beja faz 50 anos
9 Janeiro 2012
O Movimento Cívico Não Apaguem a Memória, vai comemorar o 50.º aniversário do assalto ao quartel de Beja – acção ocorrida em 1 de Janeiro de 1962 e inserida num plano para o derrube do regime fascista. Realizar-se-á uma sessão aberta ao público na Biblioteca Museu República e Resistência, na Rua Alberto de Sousa,10 A, em Lisboa, com início às 15h horas, no próximo dia 14 de Janeiro. Serão oradores o coronel Matos Gomes e os historiadores António Louçã e Irene Pimentel, contando-se ainda com a presença de alguns dos participantes naquela acção.
Como eles extorquem os trabalhadores
Pedro Goulart — 7 Janeiro 2012
A Sociedade Francisco Manuel dos Santos, liderada por Alexandre Soares dos Santos e detentora maioritária do Grupo Jerónimo Martins (proprietário dos supermercados Pingo Doce), mudou para a Holanda a sua participação neste Grupo. Não o confessando publicamente, fê-lo, porque considera que na Holanda o Fisco lhe é mais favorável que em Portugal, pagando menos imposto sobre os dividendos das operações internacionais, evitando uma dupla tributação dos investimentos previstos na Colômbia e tendo menos incerteza quanto a eventuais alterações (previsão de um novo aumento de impostos?) da legislação portuguesa.
Esta operação de Alexandre Soares dos Santos traduziu-se na venda de mais de 350 milhões de acções do Grupo Jerónimo Martins, num total de quase 4.600 milhões de euros, transferindo para a Holanda um valor que representa quase o dobro daquele entrado em Portugal através do investimento na EDP dos chineses da Three Gorges.
Otelo processado?
4 Janeiro 2012
Segundo a agência Lusa, o Departamento de Investigação e Acção Penal abriu um inquérito a Otelo Saraiva de Carvalho, por este, a propósito de uma manifestação de militares, ter admitido a hipótese de um golpe militar, caso fossem “ultrapassados os limites, com perda de mais direitos”. Este inquérito terá resultado de uma queixa apresentado por um “grupo de cidadãos”. Certamente estrénuos defensores do actual governo PSD/CDS e saudosos do fascismo, que Otelo ajudou a derrubar. Embora consideremos que a resolução dos problemas de fundo das classes exploradas passa por uma revolução de massas e não por qualquer golpe de estado, estamos com Otelo contra qualquer tentativa de incriminá-lo.