A luta continua nas empresas

21 Março 2011

estamosemgreve.jpgDepois das grandes e significativas manifestações dos dias 12 e 19 de Março, em que centenas de milhares de trabalhadores, desempregados e jovens exprimiram publicamente o seu descontentamento e apresentaram as suas reivindicações, nos próximos dias a luta continua nas empresas.

Assim:

Hoje, dia 21, os trabalhadores da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) começaram mais uma semana de luta, fazendo uma vigília em frente ao Ministério da Economia.

Quarta-feira, dia 23, param os maquinistas da CP – Comboios de Portugal (entre as 5h00 e as 9h00).

Também no dia 23, param os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa (entre as 5h30 e as 12h00). E, na semana seguinte, estes trabalhadores voltam a parar num protesto que se repete nos dias 5 e 7 de Abril, no mesmo horário.

Na mesma quarta-feira, os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa paralisam três horas por turno e iniciam uma greve ao trabalho extraordinário, que se prolongará até 23 de Maio.

Na sexta-feira, estão em greve durante todo o dia os trabalhadores da Refer – Rede Ferroviária Nacional, da CP e da CP Carga, e na Carris os motoristas iniciam uma greve ao trabalho extraordinário que terminará a 8 de Abril.

Na CP e na CP Carga os trabalhadores vão manter a greve ao trabalho extraordinário, que começou a 17 de Fevereiro, e que se prolonga até ao final de Abril.

Nas comunicações, os trabalhadores dos CTT continuam em greve ao trabalho extraordinário até ao final de Março.

Também em Abril regressam às greves os trabalhadores da Soflusa, empresa responsável pelas ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa, com paralisações agendadas para os dias 4, 5 e 6.

“Os trabalhadores dos transportes e dos CTT continuam em luta contra a intromissão abusiva do Governo na alteração da contratação colectiva, visando proceder aos cortes nos salários e supressão de direitos no trabalho”, afirma a FECTRANS.
Esta estrutura sindical refere que os protestos visam reivindicar a “defesa dos postos de trabalho”, que estão ameaçados pelos cortes nas empresas impostos pelo Governo, e contestar a intenção do Executivo de avançar com privatizações em algumas empresas, como a CP.


Comentários dos leitores

afonsomanuelgonçalves 21/3/2011, 16:34

Tanta luta para quê?
No dia 19, a CGTP encarregou-se de banalizar, quase, definitivamente as manifestações que os trabalhadores têm realizado ao longo destes últimos meses. A intervenção de protesto e indignação por parte de C. da Silva constitui o pico da cedência e do espírito colaboracionista com o governo, assim como a confirmação que a luta dos trabalhadores tem o seu destino traçado. É a submissão do trabalho ao capital na sua forma visível que não deixa margem para dúvidas.
Se não surgir um movimento de contestação e luta sem "lamúrias piedosas" bem podem os trabalhadores portugueses esperar por dias de mais austeridade e sacrifício. O capital não brinca em serviço...


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