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Arquivo: Junho 2010
Que seja o começo de uma viragem
Urbano de Campos — 1 Junho 2010
Pouco importa se foram 200 ou 300 mil os manifestantes que desfilaram em Lisboa no passado sábado. Tratou-se sem dúvida de uma das maiores e mais importantes manifestações das últimas décadas. Centenas de autocarros trouxeram milhares de pessoas de todo o país. Muitas delas, gente de trabalho braçal facilmente reconhecível pelas mãos que se estendiam para receber os comunicados distribuídos por diversas organizações. E também largas faixas de gente jovem, talvez mais do que é usual nas manifestações, tornadas rituais, do 1.º de Maio e do 25 de Abril. O sentido de protesto político evidenciado pela manifestação de dia 29 está traduzido no facto de ela ter tido muito mais participantes e ter mostrado mais entusiasmo que as duas que a precederam. Não por acaso, portanto, o interesse com que os manifestantes recebiam, ou mesmo procuravam, a propaganda distribuída – a nosso ver sinal de que muita gente procura resposta política para a situação que as classes trabalhadoras estão a viver.
Proença, Helena e os trabalhadores
Há pessoas com posições diferentes das nossas que conseguimos ouvir com serenidade, embora discordando delas. Há outras que, por aquilo que fazem e por aquilo que dizem, nos causam logo repugnância. São os casos de João Proença e de Helena André. Um e outra já demonstraram sobejamente não passarem de dois miseráveis lacaios do patronato. Agora, a propósito da grande manifestação de protesto do dia 29, o senhor da UGT demarcou-se, pretextando que aquela “iria comprometer a imagem de Portugal no estrangeiro”. E a senhora ministra não encontrou melhor afirmação de que este tempo é de “mais concertação e menos contestação”.