Arquivo: Fevereiro 2010

EUA invadem Haiti

Cristina Meneses / John Catalinotto, Workers World — 28 Fevereiro 2010

haitieua_72dpi.jpgA coberto de uma missão “humanitária”, os EUA ocupam o Haiti: a um exército de 13 mil homens em terra e no mar juntar-se-á, muito em breve, um efectivo de mais 4 mil. A máquina de guerra dos EUA avança com a “propaganda” a seu lado.
A 27 de Janeiro, o semanário norte-americano Workers World mostra a realidade. Duas semanas depois da catástrofe que se abateu sobre o Haiti, deixando o país sem governo, polícia ou missão militar das Nações Unidas, os EUA asseguraram a ocupação do Haiti, com o objectivo de restabelecer a ordem pela força. As forças armadas dos EUA tomaram o palácio presidencial, os bancos, o aeroporto de Port-au-Prince e os portos. No dia 14 de Janeiro, as forças norte-americanas garantiram o controlo do tráfego aéreo; na única pista em funcionamento podem aterrar 120 aviões por dia mas há 1 400 aviões que aguardam autorização dos EUA.


Greve geral une trabalhadores turcos

Urbano de Campos — 24 Fevereiro 2010

tekel.jpgCerca de dois milhões de operários e outros trabalhadores turcos levaram a cabo, em 4 de Fevereiro, uma greve geral de um dia em apoio à luta dos trabalhadores da Tekel, a empresa pública que detém o negócio de tabacos e álcool. As doze fábricas que integram a Tekel foram vendidas pelo governo turco à multinacional norte-americana British American Tobacco e os seus 12 mil trabalhadores estão ameaçados de cortes salariais, despedimentos, de passarem à condição de precários e de ficarem impedidos de se organizarem.


Alisuper despede 400 trabalhadores

Sessenta e cinco dos 81 supermercados da cadeia Alisuper vão fechar em Lisboa e no Algarve (era a maior rede de supermercados do Algarve) até ao fim do mês. Esta cadeia de supermercados, que já declarara falência em Agosto e cujo plano de viabilização falhara, justifica com “graves dificuldades económicas” os encerramentos que acaba de anunciar. E prevê manter apenas 16 lojas no final de todo este processo, sendo, assim, atirados para o desemprego cerca de 400 trabalhadores. Isto é, quando os lucros não são convidativos, os capitalistas mudam de local ou de ramo de investimento.


A política é despedir e baixar nível de vida de todos os trabalhadores

Manuel Raposo — 21 Fevereiro 2010

criancaspobres_72dpi.jpgNos dez anos decorridos desde 2000, os funcionários públicos apenas tiveram um ano (2009) em que beneficiaram de aumento real de salário; em todos os outros perderam poder de compra, com aumentos abaixo da inflação. Com o anúncio feito pelo governo – prontamente apoiado por PSD e CDS e aplaudido pelo patronato – de que não vai haver aumentos reais até 2013, os trabalhadores do Estado terão pela frente mais 4 anos de perda de nível de vida. Mas não só eles.


Greve em Neves Corvo

20 Fevereiro 2010

A mina de Neves Corvo, em Castro Verde, emprega 900 trabalhadores e produz anualmente mais de dois milhões de toneladas de cobre em bruto. O descontentamento em relação à Somincor, concessionária da Neves Corvo, é grande. E maior entre os trabalhadores de fundo, que trabalham a 700 metros de profundidade e reivindicam mais 100 euros mensais por um trabalho muito penoso. Contudo, a administração recusa-se a aceitar esta justa reivindicação. Assim, os trabalhadores iniciaram em 16 de Fevereiro uma greve de duas horas, no início de cada turno, por tempo indeterminado. No primeiro dia, a adesão à greve rondou os 90%. Mas a luta prossegue, pois é grande a determinação dos trabalhadores.


Sinais

19 Fevereiro 2010

Como era óbvio, o governo conseguiu facilmente fazer passar o Orçamento de Estado em acordo com a direita. Tudo para aí apontava desde as eleições de Outubro e só espanta que ainda houvesse alguma esquerda a encenar a pantomima de que poderia forçar-se um acordo parlamentar “à esquerda”.

Não haja ilusões: a esquerda não obteve nenhuma vitória nas eleições que lhe permita vislumbrar uma mudança de rumo político. O que de politicamente significativo se deu foi uma divisão de forças no bloco do poder que fez com que nenhum dos três partidos da direita tenha ascendente suficiente para governar por si. Mas, na previsão deste desenlace, o patronato apontou de imediato a via: forçar os três partidos a acordos que permitam levar por diante a política de ataque ao trabalho.


Sócrates: 1361 nomeações

12 Fevereiro 2010

Apesar da “crise”, o novo governo de José Sócrates, em pouco mais de 3 meses, já nomeou quase 1400 pessoas, como assessores, administrativos, adjuntos, secretárias e motoristas. Mais de 20% sem quaisquer vínculos à função pública. Nomeações, claro, entre filhos, primos, afilhados, gente do partido e amigos. Neste campo, Sócrates conseguiu mesmo ultrapassar os números dos seus parceiros do bloco central – Durão Barroso e Santana Lopes.


Serragem João Branco despede mais 21 trabalhadores

Em Agosto do ano passado, a Serragem João Branco, em São Miguel, Açores, já havia despedido 22 trabalhadores. Agora, despediu mais 21. A maioria destes trabalhadores pertencia aos quadros da empresa há vários anos. E os últimos já estavam com três meses de salários em atraso. Os trabalhadores, enganados com sucessivos adiamentos, ameaçam recorrer a tribunal, caso o proprietário não efectue o pagamento.


Um submarino para a “nossa defesa”

11 Fevereiro 2010

Em Maio próximo está prevista a entrada no Tejo do primeiro de dois submarinos adquiridos pelo estado português à Alemanha, envolvendo mais de 1000 milhões de euros. É mais um instrumento de guerra ao serviço do agressivo bloco militar da NATO. Quando, em nome da crise, os capitalistas e os seus partidos querem convencer-nos da necessidade dos trabalhadores apertarem o cinto, mais este dinheiro gasto inútil e criminosamente com os submarinos podia ser um bom contributo para o aumento de salários e pensões, assim como para a atribuição de subsídios de desemprego a quem precisa. Denunciemos vigorosamente mais este instrumento de guerra adquirido à nossa custa.


Trabalhadores gregos em luta

Milhares de trabalhadores da função pública, em greve, manifestaram-se dia 10 no centro de Atenas e Salónica. Foram gravemente afectados os serviços de saúde, os hospitais, as escolas públicas, os caminhos-de-ferro e os aeroportos. Os trabalhadores lutam contra as medidas de austeridade que o governo grego, pressionado pela Comissão Europeia, quer impor a quem trabalha. Entre as gravosas medidas previstas salienta-se: redução do salário real, restrições à contratação e supressão de benefícios fiscais. Uma das palavras de ordem dos manifestantes, também conhecida entre nós: “Os ricos que paguem a crise”. No dia 24, são os trabalhadores do sector privado que estarão em luta.


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