Select despede, faz chantagem e não quer pagar

FIEQUIMETAL / MV — 6 Abril 2010

manif-operarios-lisnave-set-74_web.jpgPor acordo celebrado entre o Governo e a Lisnave, em Janeiro de 2008, a Select (empresa de trabalho temporário) colocou naquela empresa cerca de 200 trabalhadores, oriundos da Gestenave, da Erecta, assim como jovens de formação profissional. Em 28 de Fevereiro de 2010, porém, por indicação da Administração da Lisnave, a Select despediu 150 trabalhadores, cujos contratos só terminavam em Agosto e Setembro deste ano.
Mas, aos trabalhadores e em forma de chantagem, foi colocada a exigência de despedimento por mútuo acordo, com pagamento de parte dos direitos e a promessa de novo contrato a termo, com uma segunda Lisnave criada pela administração, com diminuição da categoria profissional e onde não existiam quaisquer direitos.

Os trabalhadores, reunidos no dia 25 de Fevereiro, não se conformaram com esta situação (que já vinha a ser colocada desde inícios do mês) de passarem de efectivos da Gestnave e Erecta a contratados a termo na Select e de, agora, para manterem o posto de trabalho, terem que aceitar um acordo de despedimento, com perda de direitos e continuação em posto de trabalho permanente com contrato de trabalho precário.

Por isso, reclamaram das competentes autoridades uma intervenção urgente, já que, face ao artigo 129.º do Código do Trabalho, é proibido às empresas despedir e readmitir, com o único objectivo de prejudicar os trabalhadores, como é o caso.

Entretanto, com os salários até Agosto/Setembro e o pagamento de férias a que têm direito, os trabalhadores despedidos têm a haver cerca de 3000 euros, que a Select, como acontece com as outras empresas de trabalho temporário, procura não pagar.


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