Segurança interna
7 Dezembro 2009
No debate promovido, em 2 de Dezembro, pela revista “Segurança e Defesa”, o Chefe de Estado-Maior do Exército, Pinto Ramalho, manifestou-se contra a “ambiguidade constitucional” que impede as Forças Armadas de qualquer intervenção no domínio da segurança interna. Compreende-se que, no actual contexto de crise económica e social (e de eventual contestação forte das classes oprimidas e exploradas), surja nas mentes da burguesia dominante a ideia de reforçar a repressão, mesmo recorrendo às Forças Armadas. Isso corresponde à defesa dos seus interesses de classe. Cabe-nos, a nós, combater tais propósitos.
Comentários dos leitores
•HEITOR DA SILVA 1/1/2010, 17:52
Este facto é demonstrativo de que os ideólogos do sistema sabem o que fazer e antecipam-se aos acontecimentos previsíveis face às circunstâncias de cada momento. Nada disto é novo e deveria levar-nos a pensar no porquê do sempiterno estado de letárgio de quem deveria dirigir a luta dos trabalhadores nesta guerra. O Patronato é inteligente. Sabe o quê e o como necessários em pró da defesa dos seus interesses de classe. E os trabalhadores? Assistem,à acção dos seus (?) dirigentes, levando-os, de derrota em derrota, numa estratégia de "resistência" - sempre à posteriori dos acontecimentos - para o perpétuo estado de inação que os incapacita para os confrontos com que se deparam e que terminam no perpétuo malogro de tais "lutas". O resultado è patente. ATÉ QUANDO ?