Sinais de fogo

6 Julho 2009

O gesto insultuoso que custou a demissão a Manuel Pinho foi o último acto de arrogância de um ministro que, a respeito dos trabalhadores de uma empresa em dificuldades, dizia que “podia pôr toda aquela gente a votar nele”; ou que, quando já estava demitido sem o saber, ainda se gabava de “andar a safar empregos”. Boçalidade à parte, a atitude não representa nem mais nem menos que a prepotência de um Sócrates, uma Maria de Lurdes Rodrigues ou um Santos Silva – enquanto se sentiram escudados por uma maioria absoluta e por um apoio inequívoco do patronato. Neste sentido, o destempero do ex-ministro é também um sinal da impaciência, próprio dos fins de festa, que atinge todo o governo.


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