Como em outras cidades do mundo
Manifestação em Lisboa exige condenação dos agressores israelitas
25 Janeiro 2009
Ontem em Lisboa, dia 24, uma concentração no Largo Camões, seguida de desfile até à Praça do Município, juntou cerca de 1500 pessoas em apoio da população palestiniana.
Apesar de os agressores israelitas terem parado o ataque, o problema não está resolvido, como salientaram os oradores que intervieram em nome dos promotores da manifestação – CPPC, MPPM, CGTP, MDM, Tribunal-Iraque e dezenas de outras organizações que tinham já promovido as concentrações realizadas em Lisboa nos dias 5 e 8 deste mês. Ainda no Largo Camões, uma bandeira da Palestina foi largada em balões e sobrevoou boa parte da Baixa da cidade. Os manifestantes gritavam “Palestina vencerá”.
Os discursos incidiram na denúncia dos crimes e da impunidade de Israel, na exigência de levantamento do bloqueio a Gaza e na urgência de apoiar o direito dos palestinianos a viverem livremente.
O representante do Tribunal-Iraque denunciou o “terror programado” como uma “ameaça permanente que Israel usa contra a população palestiniana”. E salientou as iniciativas internacionais em curso para levar os responsáveis israelitas à barra do Tribunal Penal Internacional e para lançar um boicote aos produtos e ao Estado israelita.
Não deixando de lado a atitude das autoridades portuguesas, exigiu “o fim da cumplicidade” com que também elas “prestam apoio a Israel”. Nesse sentido, condenou o silêncio do Presidente da República, comentando o facto de “mais de 400 crianças trucidadas e milhares de estropiados para o resto da vida não merecem, pelos vistos, nenhuma palavra do senhor presidente”. Apontou igualmente as “declarações cínicas” do governo que “ao longo dos 22 dias da chacina colocavam carrascos e vítimas em pé de igualdade”; e denunciou ainda a solicitude com que o ministro Luís Amado se prontificou “a negociar com as autoridades norte-americanas o alargamento das funções da base açoriana das Lajes” através da qual os EUA têm prestado auxílio militar aos “terroristas israelitas”.