Duas pequenas histórias sob a democracia do PS

Carlos Completo — 11 Janeiro 2009

linha_saude24.jpgPrimeira história. Sete enfermeiros da Linha Saúde 24 foram recentemente despedidos. No dia 10, concentraram-se em protesto junto ao edifício onde funciona este serviço. E dizem-se perseguidos por criticarem o mau funcionamento da empresa privada que trabalha articuladamente com o Ministério da Saúde.

Enquanto estes sete trabalhadores eram despedidos pelo referido serviço, outros vinte e cinco eram admitidos para fazer face às crescentes necessidades do sector. Só que, por acaso (?), quatro dos sete enfermeiros agora despedidos são testemunhas abonatórias da enfermeira Ana Cavaco que, em Outubro passado, havia denunciado o funcionamento caótico da Linha 24 e que, por essa razão, foi processada.

iefp.JPGSegunda história. Num concurso para preenchimento de 26 vagas de técnico administrativo principal do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), um dos métodos de selecção passa por uma prova escrita em que os candidatos devem estudar, para além de outras matérias, um texto político do primeiro-ministro, José Sócrates. Trata-se de um texto sobre o “sucesso da iniciativa Novas Oportunidades” e a responsabilidade da introdução deste texto na prova é de Francisco Madelino, presidente do IEFP. Aliás, é bem conhecida dentro e fora do Instituto a vergonhosa subserviência da administração deste em relação ao governo de José Sócrates.

Estas são duas pequenas e vulgares histórias de vida em democracia burguesa.


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