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Arquivo: Abril 2008
Lei laboral: para pior não
21 Abril 2008
Manifestantes provenientes dos vários distritos do país, do sector público e do sector privado, desfilaram dia 16 no Porto e dia 17 em Lisboa protestando contra as propostas legislativas do governo para agravar o Código de Trabalho. Mas os protestos abrangiam muitos outros problemas que afectam a vida diária dos trabalhadores e do povo. Como, por exemplo, o que constava do cartaz: ”Estamos a ser roubados nos salários e nos preços”. As manifestações, promovidas pela CGTP, mobilizaram dezenas de milhares de trabalhadores.
Aumento dos preços dos cereais gera mais pobreza em todo o mundo
Pedro Goulart — 15 Abril 2008
Tem-se assistido nos últimos tempos a uma escalada do preço dos cereais – arroz, trigo, milho – atingindo sobretudo as populações urbanas dos países mais pobres. Só nos últimos nove meses os preços dos cereais subiram 45%. Tais aumentos devem-se, essencialmente, ao efeito conjugado de três ordens de factores: tectos impostos na Europa à produção de cereais para que os preços não baixem; crescente utilização dos cereais para a produção de biocombustível (devido aos aumentos de preço do petróleo); e ainda o justo acesso de milhões de pessoas a um maior consumo de cereais, como acontece na China e na Índia em consequência dos elevados ritmos de crescimento económico verificados nestes países em desenvolvimento.
A fingir que há lei
12 Abril 2008
Uma imigrante brasileira está detida no aeroporto da Portela à espera de ser expulsa só porque tentou legalizar-se, obtendo contrato de trabalho, fazendo descontos para a Segurança Social, etc. A pessoa em causa nada tem a assinalar no registo criminal. Mas tem um “detalhe”: foi expulsa pela mesma razão de Itália. Durante os vários meses em que ela esteve a descontar, o governo português não se preocupou; mas alguns e algumas têm de ser expulsos para fingir que a lei serve e é igual para todos. (JF / MV)
Gigantesca rusga policial em Lisboa para amedrontar os imigrantes
José Falcão, SOS Racismo (adaptação de MV) —
Decorreu com grande aparato e cobertura mediática mais uma rusga na zona do Martim Moniz, local de Lisboa frequentado por muitos imigrantes. Todos os que não eram brancos (independentemente da nacionalidade) foram incomodados pelas forças de segurança e pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Mais de 300 agentes foram mobilizados para a chamada “Operação Vasco da Gama”, que a polícia e a Câmara de Lisboa justificaram para “reabilitar” a zona. Para isto, perseguir trabalhadores e imigrantes (trabalhadores), o Estado Português é muito activo e corajoso. Para isto não há falta de meios.
Desperdício de talentos
11 Abril 2008
Segundo um estudo da OCDE, Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico, que reúne 30 dos países mais desenvolvidos, quase 1/4 das pessoas que imigram para estes países possui cursos universitários, enquanto menos de 1/5 dos nativos tem instrução equivalente. Mas para os imigrantes é mais difícil obter emprego compatível com o seu nível de qualificação, desempenhando com maior frequência funções inferiores. Na Grécia este desajuste é mais de 3 vezes superior entre os imigrantes do que entre os naturais do país. No Canadá, Estados Unidos, Irlanda e Polónia, é 1,2 vezes superior. Em Portugal está acima de 1,5. Só na Nova Zelândia esta relação é um pouco desfavorável aos nativos. A este desperdício de talentos chama-se “mercado mundial do trabalho”.
Ditadura de Mubarak reprime duramente movimento grevista
(MV / Iraq Tribunal Turquia) —
Em reacção a uma chamada à greve, em 6 de Abril, pelos trabalhadores do complexo têxtil de Mahalla (a maior fábrica do Egipto), o regime de Mubarak decidiu a ocupação de El-Mahalla pela polícia, mandou sequestrar os líderes grevistas Kamal El-Faiumy e Tarek Amin e prendeu activistas políticos das mais diversas tendências, tanto no Cairo como noutras cidades.
Impotente para calar os protestos, a polícia de Mubarak usou balas de borracha, gás lacrimogéneo e mesmo balas reais contra a população de Mahalla, que decidiu protestar nas ruas da cidade e em outras localidades. Resultado: pelo menos dois mortos, centenas de feridos e 800 presos.
Brasil: massacre de camponeses na Rondónia
Na manhã de 9 de Abril mais de 100 jagunços (milícias dos agrários), fortemente armados e encapuzados, invadiram o acampamento dos sem-terra Conquista da União, situado no município de Campo Novo, no estado brasileiro de Rondónia. Os jagunços, acompanhados por polícias, cercaram o acampamento e dispararam contra quem ali se encontrava. Segundo informações passadas por um camponês que conseguiu escapar, cerca de 15 pessoas, incluindo uma mulher grávida, foram assassinadas e outras presas como reféns. Vinte motos e todos os pertences dos acampados foram queimados. Desde há várias semanas que a Liga dos Camponeses Pobres de Rondónia vinha denunciando a preparação de um massacre de sem-terra naquela região do estado. (MV / Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia)
Os bancos de dados electrónicos
João Bernardo —
Na sequência do que fiz no número anterior do Mudar de Vida (MV5, edição papel), vou continuar a reprodução das principais informações contidas num artigo sobre vigilância electrónica publicado em The Economist de 29 de Setembro de 2007.
Quase mil operários despedidos em empresas de alta tecnologia
Pedro Goulart — 9 Abril 2008
Continua a onda de encerramentos e deslocalizações. As multinacionais chegam, recebem facilidades e subsídios e exploram o que podem. Depois, abalam e vão explorar para outras paragens. Quase um milhar de trabalhadores para a rua é o que prometem a Delphi e a Yasaki.
Site da Indymedia bloqueado na Turquia
MV / CMI (Brasil) —
O site do Indymedia Istambul encontra-se bloqueado para quem acessar a internet através do operador Turkish Telecom. Este operador redirecionou o endereço http://istanbul.indymedia.org para uma página notificando que o acesso ao site fora impedido por um decreto de um tribunal criminal comum, sendo esta mensagem substituída posteriormente por outra que invoca uma decisão de um tribunal militar. Outros websites foram também vítimas do bloqueio.