Manifestações em todo o país contra o governo e as leis laborais

1 Julho 2008

manifporto28junho.jpgEm mais de 20 cidades em todo o país os trabalhadores saíram à rua em protesto contra a reforma das leis laborais, promovida pelo patronato e pelo governo do PS e apoiada pela direcção da UGT.
Dezenas de milhares de trabalhadores manifestaram o seu repúdio por umas leis crescentemente favoráveis aos capitalistas (que já falam na necessidade de se ir ainda mais longe nesta legislação) e expressaram a vontade de prosseguir a luta contra o patronato e o governo de José Sócrates.

O MV esteve presente em várias das concentrações, onde distribuiu o último número do jornal e dialogou com os trabalhadores em luta.

De uma forma geral – e de modo mais evidente nas duas principais cidades do país, Lisboa e Porto – as manifestações foram mais fracas, em número e combatividade, do que as últimas acções de rua, sobretudo se comparadas com a grande manifestação de 5 de Junho, mesmo descontado o facto de, desta vez, se ter tratado de concentrações locais.

Muitos dos presentes questionavam, com efeito, o critério que presidiu a estas convocatórias, temendo que pudessem dar ao governo e aos patrões um sinal de enfraquecimento do movimento de protesto que até agora tinha sido crescente. Do mesmo modo, perguntava-se se as palavras de Carvalho da Silva após a manifestação de Lisboa de 5 de Junho – demarcando-se dos manifestantes que então reclamavam a queda do governo – terão desmoralizado alguns dos sectores mais determinados e politicamente mais avançados dos trabalhadores, que estão claramente contra o governo e desejosos de o ver pelas costas.

De qualquer modo, pelo menos na concentração de Lisboa, a palavra de ordem “A luta continua, governo para a rua!” fez-se ouvir logo que o desfile arrancou, por entre as já batidas “CGTP unidade sindical” e “O custo de vida aumenta, o povo não aguenta”.


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