Dirigente sindical turca encarcerada há seis meses

LabourStart / Francisco Raposo / MV — 1 Julho 2008

meryem72dpi.jpgMeryem Özsogüt, dirigente do sindicato turco da Função Pública SES (dos funcionários da saúde e dos serviços sociais) foi presa na manhã do dia 8 de Janeiro deste ano por ter participado numa conferência de imprensa, em 14 de Dezembro anterior, onde foi denunciada a morte, pela polícia, do activista Kevser Mizrak. Meryem participou nessa conferência de imprensa depois de o seu sindicato ter recebido um fax convidando-a para estar presente. A federação internacional dos sindicatos da Função Pública, PSI, considera que a polícia e as outras autoridades não emitiram qualquer aviso de que essa reunião ou actividade fosse considerada ‘ilegal’. Várias outras pessoas presas na mesma ocasião, ostensivamente pelas mesmas razões, foram entretanto libertadas. No entanto, Meryem Özsogüt continua presa e o seu julgamento tem sido sucessivamente adiado.

A federação internacional PSI está convencida de que a prisão de Meryem foi realmente motivada pelas suas actividades de dirigente sindical. O facto de estar detida numa das conhecidas prisões turcas de “tipo F” (prisões de isolamento de pequenos grupos) é mais uma prova da hostilidade do governo turco para com os sindicalistas e da sua determinação em usar todos os meios disponíveis para reprimir a actividade legítima dos sindicatos na Turquia. O governo turco respondeu às cartas de protesto da PSI afirmando que Meryem Özsogüt foi presa por ser “membro de uma organização terrorista” e por “fazer propaganda a favor de uma organização terrorista”. A PSI exigiu ao governo turco a imediata libertação de Meryem e que sejam adoptadas todas as medidas necessárias para assegurar garantir a sua segurança, em respeito pelas normas internacionais ratificadas pela Turquia.

Decorre neste momento uma campanha internacional pela imediata libertação de Meryem Özsogüt através da qual se procura divulgar amplamente os factos relatados e obter manifestações de solidariedade, designadamente enviando mensagens de protesto às autoridades turcas, para o que deve ser usado o seguinte endereço: http://www.labourstart.org/cgi-bin/solidarityforever/show_campaign.cgi?c=394.


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