Embaixador dos EUA sai em defesa do governo português

Cristina Meneses — 27 Maio 2008

vooscia_72dpi.jpgUm dia depois de o governo português ter reconhecido a existência de voos de ou para a base de Guantânamo que passaram por Portugal (ate aqui firmemente negados), o embaixador dos EUA saiu em defesa de Sócrates.
Dois anos após a denúncia de voos ilegais da CIA, o governo comunica o que já todos sabíamos mas não explica por que razões os aviões não foram fiscalizados. A classificação dos voos como militares tem servido de argumento ao Governo para justificar o desconhecimento do que transportavam e de qual era a sua missão.

De que vale agora a palavra do reconhecido jurista Freitas do Amaral que, em Dezembro de 2005 (então ministro dos Negócios Estrangeiros), garantiu a necessidade de uma autorização para a passagem de qualquer voo, militar inclusive, pelo espaço aéreo português, a ser concedida só depois de conhecida a «carga» transportada?

Em depoimento à Lusa, o embaixador Thomas F. Stephenson considera «não haver nada de novo» na informação relativa a estes voos e que ele também «não sabe» quem ia a bordo dos aviões. O diplomata reiterou a concordância da sua posição com a do governo português (ou seria o contrário?) e garantiu que não existe da parte deste «qualquer conivência» com o alegado transporte de presos para interrogatório. Com esta defesa do próprio representante do governo dos EUA em Portugal porquê insistirmos em querer saber toda a verdade?


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