Cresce a luta de massas, mesmo em condições adversas

Pedro Goulart — 13 Março 2008

manifprofsabaixo_72dpi.JPGApesar da manipulação, da prepotência e da repressão do governo, do patronato e das polícias, as lutas dos trabalhadores e de diferentes camadas da população prosseguiram ao longo destes dois meses de 2008.
Terminamos Fevereiro com uma greve dos CTT pela redução da carga horária e contra a diminuição do número de dirigentes sindicais; e com os trabalhadores do serviço de limpeza da Câmara Municipal de Lisboa exigindo melhores condições de trabalho e ameaçando também voltar à luta.

Em Janeiro, foi a greve dos trabalhadores da Groundforce e o protesto do Arsenal do Alfeite contra as ameaças de despedimento, assim como o combate solidário contra a expulsão dos imigrantes marroquinos e a luta dos operários da Cerâmica da Portela pelo pagamento de salários em atraso. Como as manifestações dos professores e das populações contra as políticas de educação e saúde deste governo. Ou dos jovens do Movimento Porta 65 pelo direito à habitação. E ao longo de Março, depois do gigantesco protesto de 100 mil professores em Lisboa, estarão certamente na rua novamente grandes protestos de funcionários públicos – com uma greve geral nacional de 24 horas em 14 de Março – e de jovens contra o trabalho precário no dia 28.

Apesar da forte ofensiva do patronato e do governo, os trabalhadores continuam a lutar. Uma grande onda de indignação e revolta (muitas vezes, ainda não claramente expressa) percorre o país. E, talvez, o poder ainda venha a ter muitas surpresas. Enganam-se os que julgam que a luta de classes foi de férias.


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