A liberdade da Europa e o multiculturalismo

10 Março 2008

O arcebispo de Cantuária afirmou que certas regras da «sharia» deveriam ser admitidas nos tribunais do Reino Unido em nome do multiculturalismo. Na Arábia Saudita, alguns trintões, que comemoravam o Dia dos Namorados, foram presos por «mau comportamento público», costumes ocidentais, captura indecorosa da atenção das mulheres… Também em nome do multiculturalismo, o banco Fortis da Holanda não oferece mais às crianças o seu porquinho mealheiro Knorbert porque pode ofender os seus potenciais clientes muçulmanos e judeus. Ofereça o banco um bezerro em porcelana que, esse, não ofenderá ninguém!
Nestes entretantos, o metropolitano de Londres recusou a proposta da Royal Academy of Arts para expor nas suas estações a Vénus nua do pintor renascentista alemão Lucas Cranach (1532) porque apenas usava uma gargantilha no pescoço e não se podiam chocar os passageiros do metropolitano de Londres. E se lhe colocassem um véu? Também o Vaticano andou a colocar umas parras nas pinturas renascentistas… Não foi por este caminho que a burguesia social e política europeia e os seus povos se afirmaram na implantação das liberdades e da liberdade.
Custou muito vencer o Manto Diáfano da Fantasia.
José Raimundo


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