Irmãos Metralha

3 Janeiro 2008

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) detectou «indícios seguros de ilícitos criminais» na gestão do Banco Comercial Português (BCP). Em 2000-2001, houve financiamentos ilícitos para compra de acções próprias por testas-de-ferro nos aumentos de capital movimentados em dezassete empresas subsidiárias «off-shore» e deste modo o banco se autofinanciava. Uma «pescadinha de rabo na boca». Ter-se-ão movimentado 700 milhões de euros com prejuízos de 200 milhões? Há ainda os perdões financeiros a este e aquele. Os irmãos Metralha e o tio Patinhas, mancomunados, dificilmente fariam melhor, de tal modo que os Reguladores responsáveis não deram por nada !…

Nos anos 2000-2001, Vítor Constâncio já era Governador do Banco de Portugal e Teixeira dos Santos, actual ministro das Finanças, era presidente da CMVM, que só abandonou em 2005. Em 2004, confrontados com alertas perante certas operações duvidosas, estes reguladores arquivaram o processo. O senhor Vítor Constâncio parece ter acordado agora. O senhor Teixeira dos Santos, nem tanto. Estes senhores não assumem as suas responsabilidades e muito menos se demitem, nem ninguém os demite.
José Raimundo Correia de Almeida (Santo António dos Cavaleiros)


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