Administração da UNICER obrigada a recuar em despedimento colectivo

Rui Pereira — 18 Dezembro 2007

unicer_72dpi.jpgA administração da UNICER recuou na sua intenção de despedimento colectivo de 18 trabalhadores, perante a ameaça de uma greve na empresa marcada para quarta-feira, 19 de Dezembro. Os trabalhadores previam ainda manifestar-se em Lisboa, defronte da embaixada da Dinamarca, de onde provém a Carlsberg, um dos accionistas maioritários da cervejeira.

“A administração recuou e vai distribuir esses trabalhadores por outros sectores da empresa”, disse ao MV um representante dos trabalhadores, explicando a desconvocação das acções de luta. A administração chefiada pelo dirigente do CDS, Pires de Lima, alegava a necessidade de despedir estes trabalhadores para dar sequência ao processo de reestruturação da empresa. A decisão já estava tomada e fora comunicada à Comissão de Trabalhadores a 28 de Novembro, depois de um ano de recusa da administração em reunir-se com os trabalhadores.

A CT revelara que todos os processos de “reestruturação” na Unicer, com 1900 trabalhadores nas suas fileiras, iriam passar doravante por despedimentos colectivos, uma vez que a empresa já esgotara a sua quota de rescisões por “mútuo acordo”, que só em 2006 ascendera aos 400 trabalhadores. A intenção, disse o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab), era agora substituir os 18 trabalhadores efectivos por trabalhadores precários.


Envie-nos o seu comentário

O seu email não será divulgado. Todos os campos são necessários.

< Voltar