Os Dias Arrastam-se e as Noites Também

Cristina Meneses — 3 Dezembro 2007

teatro-aloes_72dpi.jpgNas palavras do encenador, José Peixoto, o autor congolês (nascido em 1960, vivendo em França), «oferece-nos a possibilidade de pensar a Europa vista de fora, na reflexão de alguém que conhece a Europa por dentro. Que provavelmente é europeu, dividido entre duas culturas. Ou caminha na terra de ninguém.»
Uma mulher (branca, Elsa Valentim) chega a casa e encontra um estranho (um negro, Daniel Martinho) vestido com o seu roupão, procurando abrigo temporário. O pânico vai-se transformando num entendimento aparente. A relação com o companheiro (branco, Jorge Silva), evidenciando sinais de ruptura, quase colapsa. Mas quem se afasta é o estrangeiro.
Através de um encontro bem-humorado questiona-se o relacionamento que mantemos com as pessoas e com as culturas. As respostas não são oferecidas; mas fica o convite para as encontrarmos.
Esta é a primeira peça de um ciclo de textos de autores africanos que o Teatro dos Aloés pretende representar até 2009. A seguir, será a vez de uma peça do sul-africano Athol Fuggard, autor que já teve um texto representado pelo grupo em 1996 e que agora terá em cena A canção do vale.
Teatro Municipal de Almada, 5 a 9 de Dezembro


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