A Europa protege-se e o mar trata deles
Imigrantes clandestinos pagam 4400 dólares para alcançar costa italiana
M. Gouveia — 9 Novembro 2007
Apesar do cerco das autoridades europeias, os imigrantes, sobretudo africanos, continuam a procurar entrar na Europa, mesmo correndo risco de vida.
Pelo menos 22 egípcios morreram e 125 desapareceram quando as embarcações nas quais viajavam de forma ilegal se afundaram perto do litoral italiano. A primeira embarcação saiu do litoral da Líbia e naufragou perto da Calábria, com 160 pessoas a bordo.
Outra embarcação, que transportava 24 pessoas afundou-se nas proximidades de Siracusa, na Sicília. O mesmo drama foi vivido por 80 imigrantes subsaharianos, todos salvos com vida, quando a embarcação em que viajavam foi detectada ao largo das Canárias.
Muitas embarcações clandestinas com emigrantes tentam chegar às Canárias, fugindo ao forte dispositivo naval e aéreo que se encontra na região, coordenado agora pela agência europeia de fronteiras.
Mais quarenta e cinco clandestinos morreram de frio, sede e fome e acabaram por ser atirados borda fora quando o barco ficou sem motor e andou durante uma semana à deriva ao largo de Marrocos. Partiram do Senegal, sendo a maioria senegaleses, mas há também cidadãos do Mali, da Gâmbia e da Guiné-Bissau entre os passageiros
Em Outubro, foram encontrados os corpos de sete emigrantes num barco à deriva ao largo de Cabo Verde, estimando-se que os outros 50 ocupantes mortos tenham sido atirados ao mar pelos seus companheiros de viagem.