Trabalhadores do BPI e do BCP rejeitam despedimentos

29 Outubro 2007

A comissão de trabalhadores do BPI manifestou-se desiludida à saída de uma reunião com a administração do banco em que procurou obter garantias de que os direitos dos trabalhadores serão respeitados, no caso de a fusão com o BCP ir para a frente. A administração foi evasiva e na prática não deu quaisquer garantias naquele sentido. Depois da anunciada proposta de fusão, correram as notícias do costume: parte dos postos de trabalho serão eliminados, falando-se na ordem dos milhares.

A CT do BPI lembrou os anteriores pressupostos da OPA do BCP sobre o BPI, que previam 3 mil despedimentos caso a operação viesse a confirmar-se. Com a eventual fusão agora proposta pelo BPI os empregos voltam a estar em risco.

Não admira que assim seja. Os processos de fusão e de “reestruturação” das empresas têm entre os seus objectivos não só aumentar o volume de capital e obter mais capacidade de concorrência, como ainda conseguir poupar mão-de-obra para alcançar maiores taxas de exploração sobre os trabalhadores que ficam.

A boa notícia está no facto de as duas comissões de trabalhadores estarem a procurar coordenar as suas acções para tratarem do assunto de forma concertada – exigindo que ninguém seja despedido. Na verdade, o problema da fusão diz respeito tanto aos trabalhadores do BPI como aos do BCP.


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