Delphi adia despedimentos para responder a uma encomenda temporária

6 Setembro 2007

Os trabalhadores da fábrica da Guarda devem começar a ser postos fora em Maio de 2008, com os primeiros despedimentos a afectarem cerca de 100. Seguir-se-ão mais 400 em Julho e Agosto.
O adiamento dos despedimentos foi justificado por uma encomenda temporária que prolonga a laboração até meados do próximo ano.
O Ministro da Economia, Manuel Pinto, anunciou, em Maio deste ano, que a Delphi tinha recuado na sua intenção de despedir cerca de metade dos 524 trabalhadores. Até parecia que tinha sido uma vitória alcançada pelo senhor ministro, resultante dos seus “esforços” para pôr fim ao desemprego em Portugal. Afinal, não é nada disso. Na verdade, a multinacional, por excesso de trabalho noutra das suas unidades de produção na Roménia, transferiu a referida encomenda de última hora para a fábrica da Guarda e aproveitou-se dos trabalhadores para arrecadar mais uns cobres. Eis um exemplo vivo e antecipado do estilo de trabalho descartável que a flexi-segurança instaura: precisa, usa; não precisa, deita fora.


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