Arquivo: Novembro 2007

A naqba fez 60 anos

30 Novembro 2007

Em 29 de Novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovava – por 33 votos contra 13 e 10 abstenções – a Resolução 181, plano de partilha da Palestina, então sob mandato britânico. O plano previa a criação de um Estado judaico, de um Estado Árabe e de um enclave internacional em torno da cidade de Jerusalém. Esse dia ficou conhecido, para os habitantes judeus da região, como yishuv (o alívio); para os árabes é a naqba (a catástrofe). (NouvelObs.com)


Contra a utilização de urânio em armas e munições

duiraque_72dpi.jpgO Tribunal-Iraque acaba de divulgar um apelo para que os cidadãos portugueses pressionem o governo (por emails depositados no portal do governo) para que mude o sentido do voto de Portugal de “abstenção” para “a favor” na votação final de uma resolução das Nações Unidas relativa ao banimento das armas e munições com urânio empobrecido. Dizendo que “a guerra nuclear já começou”, o apelo do TMI-AP exorta a população a “agir contra a utilização de urânio em armas e munições”. Transcrevemos na íntegra o texto do apelo.


Juntos nessa luta

29 Novembro 2007

Companheiros daqui acessaram o sítio do ‘Mudar de Vida’ na internet. Discutimos entre nós. Gostaríamos de parabenizá-los pela iniciativa corajosa de erguer uma frente de luta em uma época tão difícil. Estamos todos juntos a lutar contra as reformas neoliberais, a barbárie da crise capitalista e o neofascismo tecnocrático.
O Brasil é um país onde a esquerda tem tarefas dificílimas e onde as coisas caminham para a barbárie absoluta. As lutas estão a se reorganizar, mas com grandes dificuldades. Por esta razão, eu e meus camaradas enxergamos a vossa iniciativa do Mudar de Vida como algo corajoso e valioso, uma flor no meio do deserto.


Vietname: Nike em greve

Os 10 mil trabalhadores da fábrica de sapatos Tae Kwang Vina, que produz exlusivamente para a Nike, perto da cidade de Ho Chi Min (antiga Saigão), estão desde terça-feira em greve pelo direito a férias pagas e por melhor alimentação na cantina. É o segundo grande protesto do ano contra a multinacional no continente asiático, depois de esta ter tentado despedir 14 mil trabalhadores na sua fábrica de Jacarta (Indonésia), em Julho, e de ter sido obrigada a recuar pela oposição dos trabalhadores. “Não sabemos quando voltamos ao trabalho”, afirmou um dos dirigentes sindicais da fábrica vietnamita. A indústria do calçado é a terceira mais importante do Vietname, a seguir ao petróleo e aos têxteis.


Tapem-lhes a boca

As declarações do inspector-geral da Administração Interna (ver em baixo “Quando são eles a dizer”) incomodaram os adeptos do Estado musculado. Clemente Lima confirmou o que já se sabe: a polícia faz muita “exibição da pistola”. Os protestos mais curiosos foram os do presidente do PSD, que criticou o governo por “não ter mão” nos funcionários. Os factos denunciados pelo magistrado não merecem a atenção de Menezes, nem sequer para os tentar desmentir. Menezes ataca o governo por não tapar a boca aos funcionários do Estado por si nomeados. Veja-se, por este exemplo, o significado dos pactos que, sob a capa do interesse do Estado, estão a ser negociados entre PS e PSD para a justiça, a lei eleitoral, as obras públicas e o mais que se verá.


Juan Carlos: O dedo viril do império

Rui Pereira — 28 Novembro 2007

juancarlosdedo_72dpi.jpgExiste no Estado espanhol um verbo próprio para designar as acções menos conhecidas no exterior do rei Juan Carlos de Bourbon, o verbo: “borbonear”. Quando o monarca espanhol, indigitado para o trono por Franco no princípio dos anos 70, espetou o dedo em direcção a Hugo Chavez, pretendendo com o gesto, silenciar um chefe de Estado, o mundo pôde assistir à conjugação pelo próprio do verbo a que deu nome.
Este não é, porém, o primeiro dedo espetado de Juan Carlos. Na foto ao lado, o rei, de visita ao País Basco, a 25 de Junho de 2004, enfrenta de médio virilmente erecto uma manifestação independentista em Vitória, contestando a sua presença. O pouco nobre instantâneo foi escrupulosamente censurado na grande imprensa e nas televisões espanholas e do mundo.


Nem a morte escapa

O primeiro canal funerário do mundo, a estrear em 2008 na televisão alemã, emitirá obituários e homenagens dos familiares aos falecidos, por uma quantia que pode ir até aos dois mil euros. O seu criador justifica a iniciativa pela necessidade de “as televisões diversificarem os produtos” e lembra que o mercado funerário “está por explorar”.
Também “para combater o monopólio da necrologia nos jornais”, o canal português Porto Canal já lançou uma rubrica com anúncios de óbitos e mensagens aos falecidos.


Há um certo fascismo no espírito do tempo

Paulo Marques (*) —

brasilgreve_72dpi.jpgA luta dos trabalhadores no Brasil depara com grandes dificuldades.
Em primeiro lugar, as esquerdas não conseguem se unificar de forma eficaz. Tentam fazê-lo de cima para baixo, a partir de programas ideológicos e não de programas práticos. Isto gera grande sectarismo: temos dezenas de pequenas seitas, cada uma com a sua Internacional e programa revolucionário, mas sem inserção social. Outros setores, os da CONLUTAS e INTERSINDICAL, mais amplos e populares, se organizam junto aos movimentos de Sem-Terra e Sem-teto, em lutas mais práticas. A unidade, quando construída pela base de acordo comum, é mais efetiva.


2387 crianças em prisão perpétua nos EUA

Rita Moura —

euaprisao_72dpi.jpgDescobrir que uma criança pode ser condenada a prisão perpétua é arrepiante. Só dois países no mundo o fazem – os EUA, que tem 2387 crianças presas nestas condições, e Israel, com 7. Nalguns estados norte-americanos a condenação pode ser aplicada a crianças com apenas 8 anos de idade.


Entre a Hamasland e a Fatahland quem perde é o povo palestiniano

Hamdan Aldamiri, militante palestiniano — 27 Novembro 2007

palestina4_72dpi.jpgDia a dia sucedem-se os acontecimentos trágicos. No passado 13 de Novembro, em Gaza, deu-se uma viragem nas relações interpalestinianas e nomeadamente entre os dois grandes movimentos: a Fatah e o Hamas.
Sete mortos, 120 feridos e 400 presos são o resultado da intervenção das milícias armadas do Hamas contra os palestinianos que se deslocaram para comemorar o terceiro aniversário da morte do seu líder histórico, Yasser Arafat.


Página 1 de 9 Mais antigos >