Super lixo na escrita e no audio-visual

Carlos Completo — 2 Outubro 2016

LixaoPara além da habitual intoxicação e lixo que circulam na generalidade dos media, incluindo pseudo-notícias e “análises” promovidas pelos donos do capital, pelo FMI, pela Comissão Europeia, etc. (e executadas aqui pelos seus lacaios), há aqueles veículos de comunicação e programas que conseguem ultrapassar tudo e todos pela quantidade e qualidade do lixo que acumulam e divulgam. E em muitos dos livros presentes no mercado livreiro também se verifica problema semelhante.

Por uma questão de simplificação, referimos hoje, a título de exemplo, três casos marcantes de super lixo, pelas mentiras, pelo desrespeito pelos direitos humanos e pela boçalidade:

Casa dos Segredos, coisa inominável, que se vem arrastando na TVI, e que revela bem o baixo carácter de quem organiza o programa e de quem nele participa, assim como o fraco nível cultural e a falta de espírito crítico de quem a ele assiste;

Correio da Manhã, um jornalismo de esgoto. Corrupção, mexericos, tiros, facadas, títulos sensacionalistas, mas nada que ponha em causa o essencial – o sistema de exploração e opressão capitalista em que vivemos – nem os interesses privados do grupo proprietário do jornal;

Eu e os Políticos, de José António Saraiva. Este livro abjecto “revela” uns mexericos sexuais em relação a algumas dezenas de personalidades políticas, e estava para ser apresentado por Pedro Passos Coelho, que afirmou reiteradamente ter aceitado o convite para o apresentar, tendo em conta a admiração que tinha pela carreira e pelo papel que JAS desempenhara no jornalismo português. Devido ao repúdio gerado pelo livro, assim como às pressões daí decorrentes, até da sua própria área política, o ex-primeiro-ministro viu-se obrigado a recuar e a não fazer a apresentação. Que desconcerto, pois quanto ao tipo de cultura e moral, o autor do livro e Passos Coelho parecem estar mesmo bem um para o outro.

Citámos apenas três exemplos do muito que por aí circula e que contribui diariamente para a alienação, para a impregnação da ideologia burguesa e para o embrutecimento das pessoas. Há que denunciar sem qualquer tipo de complacência esse veneno que vai diariamente minando o povo. Contudo, reconheça-se, será uma tarefa demorada, pois muita gente “alfabetizada” continua a frequentar estes sítios!


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