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Tópico: Sociedade
Crimes na Saúde
20 Dezembro 2011
Os cortes no Serviço Nacional de Saúde desde 2010 e, mais recentemente, os brutais cortes do ministro Paulo Macedo, têm criado situações desesperantes nos utentes destes Serviços. Aqui, os cortes nas “gorduras do estado” conduziram a fortes aumentos nas listas de espera para cirurgias e para consultas urgentes, assim como à diminuição dos transplantes efectuados. Nos próximos tempos, com os aumentos previstos nas “taxas moderadoras”, verificar-se-á ainda um maior agravamento da situação. Quem será mais criminoso – o ladrão que dispara no assalto a uma ourivesaria ou o ministro que, friamente, no seu gabinete, decide cortar nos gastos com a saúde, pondo em risco a vida de milhares de utentes?
Emergência social
29 Novembro 2011
O plano (tão cinicamente) chamado de Emergência Social não é para combater a pobreza mas sim para a institucionalizar através da caridade e do assistencialismo hipócrita. FB
Imprensa, delusão (*) e poder
António Poeiras — 13 Novembro 2011
Todos sabemos como operam os grupos que controlam o poder político quando querem agir contra alguém ou impor uma decisão que sabem não merecer a adesão imediata das populações que governam: lançam-se numa campanha onde todos os meios são usados, da imprensa à publicidade institucional, e, ao fim de algum tempo, a decisão que se quer tomar deixa de ser controversa, podendo mesmo ser desejada e exigida. É assim para tornar fácil o despedimento dos funcionários públicos, aprovar sem problemas os cortes na saúde e na educação, mascarar o trabalho escravo (trabalho obrigatório sem remuneração, como quer o governo português), isolar Hugo Chávez, bombardear a Líbia, reprimir uma manifestação ou tornar natural a nomeação de um regente que tutela um governo fantoche (veja-se a proposta do novo pacote de austeridade para a Grécia).
Refugiados
9 Julho 2011
A agência da ONU para os refugiados revelou que havia em 2010 quase 44 milhões de deslocados em todo o mundo, cerca de 16 milhões dos quais fora dos seus países. Significativo ainda é o facto de serem os países pobres a suportar o maior fardo no acolhimento desses deslocados. O maior número é de afegãos, iraquianos, somalis e congoleses. Mais de metade são crianças com menos de 18 anos.
Despejos
6 Julho 2011
O despejo sumário, na Amadora, de um casal de cidadãos pobres e vulneráveis, transmitido em directo pela TVI, prova o que a troika externa e interna ambiciona para o que resta da nossa soberania: rasgar a Constituição e acabar com o direito à habitação. Nem de propósito, o famigerado economista Camilo Lourenço defendeu no programa Sociedade Civil, na RTP2, que a liberalização dos despejos imposta pela troika é fundamental para facilitar a mobilidade dos trabalhadores (!). Porque é que também não o despejam sumariamente da comunicação social? O disparate e a provocação têm limites. FB
Idade Média
16 Maio 2011
A 13 de Maio, em Fátima, um repórter da TSF assegurou que, no momento em que eram evocados passos da vida de João Paulo II, um arco íris rodeou o disco solar e “ouviu-se então entre a multidão a palavra: milagre! milagre!”. Para reforçar a “prova”, as televisões deram imagens dos rostos de gente apatetada a olhar para o ar, balbuciando coisas equivalentes. João Paulo II, que conseguiu o score mínimo de um milagre para ser beatificado, precisa urgentemente de um segundo milagre para chegar a santo. Se esse milagre fosse “português” talvez uma nova fonte de rendimentos do turismo religioso e uma nova arma de imbecilização do povo ajudassem a almofadar as agruras da crise. Força TSF, força TVs!
Esmolar saúde
11 Maio 2011
Centenas de cidadãos a esmolar consultas de oftalmologia no hospital dos Capuchos (das duas marcações permitidas anualmente) é o sinal de que, até na Saúde, Portugal está a resvalar para o terceiro-mundismo. O edifício do estado social está quase em ruínas por culpa do PS. O terrorismo privatizador do PSD quer a sua implosão. FB
José da Conceição
21 Abril 2011
Morreu em 16 de Abril, com 74 anos de idade, José da Conceição, natural de S. Francisco da Serra, Santiago do Cacém. Desde jovem, foi um empenhado activista político desenvolvendo inúmeras iniciativas culturais em associações populares, primeiro em Grândola, depois em Viana do Castelo e em Lisboa. Privou então com José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Carlos Paredes, Fausto, José Saramago e outras figuras da oposição à ditadura. Nos anos 70, integrou como militante as organizações revolucionárias O Comunista, Organização Comunista Marxista-Leninista Portuguesa e Partido Comunista Português (Reconstruído). A nossa homenagem ao antigo camarada e ao lutador que José da Conceição sempre foi. JCC, MR
Fukushima e a luta de classes
António Louçã —
Começou-se por dizer que a catástrofe de Fukushima não atingiria as proporções de Chernobil. Claro, ficaria mal a um dos países-modelo do capitalismo global ter construído centrais nucleares no enfiamento de terramotos e maremotos. A imprevidência, para encaixar nos padrões vigentes de correcção política, devia ser exclusiva da burocracia soviética. Agora, já se admite que Fukushima pode ter consequências tão graves ou mais que as de Chernobil.
Teoria por medida
17 Abril 2011
Reflectindo sobre os assassinatos em massa praticados pelos nazis e pelos “comunistas soviéticos” (Público, 4 Abril), JC Espada, figura destacada da Universidade Católica, conclui, na linha de um historiador liberal inglês, tratar-se do efeito “do apagamento da dimensão religiosa da civilização europeia”, da perda do “papel civilizador da religião cristã e da tradição judaico-cristã” e do “ateísmo militante de ambos os exterminadores”. Ficam por explicar as chacinas dos EUA protestantes (In god we trust) em todo o mundo; dos britânicos anglicanos na Índia, África ou Irlanda; dos fanáticos israelitas na Palestina. O fôlego teórico foi curto, mas percebe-se a utilidade política da conclusão.