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Tópico: Mundo
As “ajudas” do FMI e da UE
14 Fevereiro 2011
Uma missão da UE, do BCE e do FMI, que monitoriza o empréstimo feito à Grécia, esteve em Atenas entre 27 de Janeiro e 11 de Fevereiro para uma terceira revisão do programa económico. Seguidamente, em conferência de imprensa, a missão afirmou que o programa de “ajustamento” orçamental estava a ser implementado com sucesso, mas que o país precisava de realizar mais reformas estruturais e de aumentar o nível de privatizações para uns 50 mil milhões de euros. O governo grego, apesar da submissão às instituições imperialistas, não gostou destas declarações no que diz respeito às privatizações e acusou a missão de se estar a intrometer nos “assuntos internos” do país.
Balanço
13 Fevereiro 2011
O balanço sobre a economia capitalista em 2010 mostra que vivemos a maior crise e recessão capitalista dos últimos 80 anos. A contradição trabalho/capital existe e agudiza-se. A dicotomia esquerda/direita também. A luta de classes e a revolução não morreram. A História não acabou… O marxismo nunca esteve tão vivo, dinâmico, actual e alternativo ao capitalismo como hoje. FB
O mundo a mudar
12 Fevereiro 2011
Finalmente, caiu o ditador Hosni Mubarak, apoiado pelos EUA e Israel! A África do Norte, o Médio Oriente e o mundo estão a mudar… FB
Mubarak caiu!
11 Fevereiro 2011
O vice-presidente egípcio acaba de anunciar que Hosni Mubarak resignou do cargo de presidente, entregando o poder ao Conselho Superior das Forças Armadas. Escassas 12 horas depois de ter dito que ficava, Mubarak cedeu ante a pressão dos manifestantes. A greve geral desencadeada nos últimos dias pela massa trabalhadora em todo o país, o alastramento da revolta, o cerco ao palácio presidencial, ao parlamento e à TV estatal, o assalto a esquadras de polícia mostraram a decisão de combate por parte dos manifestantes e empurraram Mubarak para a única saída que tinha.
Os festejos explodiram de imediato em todo o país. O regime, porém, ainda não caiu. De momento, nem sequer foi levantado o estado de excepção que vigora há 30 anos. As forças armadas, pagas a peso de ouro pelos EUA (1 500 milhões de dólares por ano), foram quem sempre deteve o poder. E o agora vice-presidente, Omar Suleiman, chefe da polícia política, é apontado como “o homem da CIA no Cairo” e como torturador, e tem sido o agente de contacto entre o regime egípcio e os governos israelitas.
O derrube de Mubarak é um começo de vitória. Vamos a ver qual vai ser a reacção nas ruas.
Mudança de tom
No início da revolta no Egipto, Hillary Clinton recomendou a Mubarak que “não tivesse pressa em aplicar medidas duras” contra os protestos, o que foi uma forma de apoiar Mubarak. Os acontecimentos forçaram os EUA a mudar de tom: há duas semanas repetem a ideia de uma “transição ordeira”, o que ainda não é desapoiar o regime egípcio. Interpretando a mensagem a seu jeito, Mubarak diz que não sai por se achar a peça-chave da “transição ordeira”. Apesar de não coincidirem nos termos, ambos convergem nisto: tudo menos deixar o poder cair na rua. Lembra a portuguesa “evolução na continuidade” tentada por Marcelo Caetano. A acção das massas mostra o terreno estreito em que se move o poder burguês.
Egipto: a luta continua
9 Fevereiro 2011
Após duas semanas do começo do levantamento popular contra o regime de Mubarak, centenas de milhares de pessoas voltaram a sair ontem (dia 8 de Fevereiro) à rua em diversas cidades egípcias. E, apesar das dificuldades que o exército tentou impor àqueles que procuravam chegar à praça Tahrir, verificou-se uma das maiores manifestações realizadas até agora nesta praça. Conseguiram mesmo impedir que o actual primeiro-ministro, Ahmad Shafik, chegasse ao gabinete. Poucos acreditam que das “negociações” propostas pelo regime resulte alguma coisa positiva e, assim, estão marcadas três manifestações semanais até que o actual regime caia.
EUA: pelo fim da ajuda a Mubarak
3 Fevereiro 2011
No dia 5, uma marcha sobre a Casa Branca (Washington) vai exigir o fim da ajuda dos EUA ao regime de Mubarak. A acção responde a um pedido de solidariedade dos manifestantes egípcios. A convocatória da coligação ANSWER refere que os manifestantes da Praça Tahrir, brutalmente atacados por jagunços e polícias a mando de Mubarak, fizeram chegar aos EUA pedidos para que seja exigido a Obama o fim imediato do apoio que presta à ditadura. O Egipto é o segundo destinatário “de ajuda externa” dos EUA, 2 mil milhões de dólares por ano, logo a seguir a Israel. Esta “assistência” é usada para comprar as armas que matam os egípcios que se manifestam e para impor o cerco que mata os palestinos de Gaza.
Egipto: dois comentários
36 anos depois, o 25 de Abril chega ao Próximo Oriente, mas em força! Há muito a esperar, creio, sobretudo se a Argélia entrar na dança. MV
Estou solidário com a acção (de apoio à luta do povo egípcio). Parece-me que este vento revolucionário que varre o norte de África é um acontecimento bastante importante e que exige que se faça um colóquio em torno dele. ZM
“Hoje Battisti, amanhã tu”
1 Fevereiro 2011
É uma canção de apoio à não extradição de Cesare Battisti, da autoria de Manuela de Freitas e José Mário Branco, em que intervêm diversos cantores e músicos: Aldina Duarte, Amélia Muge, Camané, Duo Diana & Pedro, Duo Virgem Suta, Fernando Mota, João Gil, Jorge Moniz, Jorge Ribeiro, José Mário Branco, Luanda Cozetti, Norton Daiello, Paulo de Carvalho, Pedro Branco, Tim, José Peixoto e Paulo Curado. Pode ser vista e ouvida em http://passapalavra.info/?p=35123
Tunísia, Egipto...
Sinais de viragem
Manuel Raposo — 31 Janeiro 2011
Pelo sétimo dia consecutivo, o Egipto está a ser abalado pelos protestos de milhares de pessoas que, nas ruas das principais cidades, exigem a queda do regime liderado há 30 anos por Hosni Mubarak. Este movimento de massas segue-se aos protestos iniciados na Argélia e depois da Tunísia, e que se ramificaram, em grau por enquanto menor, à Jordânia e ao Iémen. De facto, todos os 22 países do mundo árabe, que cobrem a costa sul do Mediterrâneo e parte do nordeste de África e se estendem até ao Próximo Oriente estão a ser tocados por esta gigantesca revolta popular que põe em causa as bases de regimes políticos e de sistemas sociais que pareciam até há pouco inabaláveis.
