Tópico: Cultura

A actualidade de José Afonso

Pedro Goulart — 15 Fevereiro 2017

zeca_afonsoJosé Afonso — poeta, compositor, intérprete, resistente antifascista, militante da esquerda revolucionária, homem corajoso e homem solidário — continua hoje, 30 anos após a sua morte, a 23 de Fevereiro, como um forte exemplo, pelo difícil combate político que travou durante décadas da sua vida. Esta figura-chave da música popular portuguesa contribuiu decisivamente, com Os Vampiros, para a fundação do canto político no nosso país. E a sua Grândola Vila Morena permanece como um símbolo do derrube do fascismo em Portugal.


Hoje, quinta-feira 23, 22h00 Sessão de música e poesia

23 Julho 2015

Por iniciativa do MOB e do Comité de Solidariedade com a Palestina realiza-se uma sessão de música e poesia pelo duo Farah Chamma (poetisa palestiniana) e Yassin Basilic (músico greco-tunisino).
Farah Chamma escreve poesia em inglês, árabe e francês, usando uma variedade de estilos líricos e linguísticos. Viveu no Brasil e fala português. Tem desenvolvido a poesia performativa e a “palavra falada” (spoken word). Yassin Basilic toca flauta.
Local: MOB, Rua dos Anjos, 12b (metro Anjos).


Dito

14 Julho 2015

Se [a civilização do mundo ocidental] está em crise, é preciso transformá-la. (…) Para isso deveriam servir os meios de comunicação de massas. Será que foram, até hoje, para isso utilizados? Evidentemente que não. Foram utilizados para fazer da opinião pública um enorme bloco de gelo, completamente petrificado. Somos como ursos brancos, vivemos uma civilização de ursos brancos, num décor de silêncio e frio.
Este desvio explica-se, como sempre, pela vontade que têm os privilegiados de conservar os seus privilégios frente à formidável vaga de conhecimentos que os ameaça.


Lutas dos moradores, lançamento de livro

23 Janeiro 2015

No dia 30 de Janeiro, pelas 18h30m, no Bar A Barraca, Jardim de Santos, é apresentado o livro Sem Mestres, nem Chefes, o Povo Tomou a Rua. Trata-se de um livro sobre as lutas dos moradores no pós-25 de Abril de 1974, da autoria de José Hipólito dos Santos, militante político-social de pendor libertário e bom conhecedor deste tipo de problemas. Edição da Letra Livre.


“A verdadeira morte de Amílcar Cabral”

António Louçã — 12 Agosto 2014

amilcar_cabral_2Primeiro publicado em Outubro de 2012, depois reeditado em Março de 2014, o livro de Tomás Medeiros leva-nos, através do exemplo concreto de Amílcar Cabral, a uma reflexão muito mais ampla. No centro deste trabalho está a contradição de uma política que se quer revolucionária sem assentar no proletariado.
Não se trata, desde logo, de um convite abstracto à reflexão. O autor foi, em Angola, um dos fundadores do MPLA, e, em São Tomé e Príncipe, dirigente do MLSTP. Antes disso, desempenhou em Lisboa papel destacado na primeira coordenação de estudantes africanos, que se traduziram na influência inédita de uma corrente anticolonial à frente da Casa de Estudantes do Império. Privou nessa fase com figuras como Agostinho Neto, Marcelino dos Santos e o mais notável dos dirigentes africanos lusófonos, Amílcar Cabral.


A Dominação e a Arte da Resistência

27 Janeiro 2014

Trata-se de um livro de James Scott, professor de Ciência Política e de Antropologia, homem de pensamento libertário, que é um contributo importante para a compreensão das relações entre opressores e oprimidos. Nele, o autor propõe uma tese em que se salientam diversas formas de resistência dos grupos dominados, através da existência de um discurso, prático e escondido, em contraposição com aquilo que é o seu discurso público. Esta prática de alguns grupos (vide as relações escravos/senhores, intocáveis/brâmanes) traduz-se, por vezes, numa resistência passiva e clandestina, que em determinados momentos e em circunstâncias propícias, pode levar a um discurso público (desoculto) e à revolta. Edição Livraria Letra Livre.


Porto resistente

Pedro Goulart — 29 Outubro 2013

elescomemtudoEm 19 Outubro, dezenas de milhares de trabalhadores atravessaram a Ponte do Infante a pé, desfilaram pelas ruas do Porto e concentraram-se na Avenida dos Aliados. Durante o protesto organizado pela CGTP os manifestantes condenaram veementemente o Orçamento para 2014 e as políticas do governo, exigindo demissão deste. Aqui, ao contrário de Lisboa, não foi colocado qualquer obstáculo à passagem dos manifestantes a pé em cima de uma ponte.

Apesar da deslocação de milhares de trabalhadores dos distritos de Braga, Bragança, Viana do Castelo, Vila Real e Aveiro, o forte dos manifestantes provinha do concelho do Porto, assim como dos concelhos vizinhos. Além dos manifestantes da CGTP, estavam presentes trabalhadores de sindicatos independentes e outros não sindicalizados. Assim como vários militantes políticos de esquerda.


Zeca Afonso, concerto no Porto 20 Outubro, 21h, Casa da Música, sala Suggia

21 Agosto 2013

No seu 26.º aniversário, a Associação José Afonso promove uma evocação da vida e da obra dessa figura-chave da música popular portuguesa que foi José Afonso. No concerto juntam-se alguns dos seus companheiros e uma nova geração que cresceu com o “poeta, andarilho e cantor”: António Capelo, Coro Vox Populi, Grupo AL-DUFFeiras, Francisco Fanhais, Grupo Vocal Canto Décimo, Grupo Vozes Ao Alto, João Afonso + Rogério Pires, João Lóio + Regina Castro, Manuel Freire, Orquestra Ligeira de S. Pedro da Cova, Rui Pato, Uxia (Galiza) + Sérgio Tannus, Guilhermino Monteiro (Direcção Musical). Entrada 10€, bilhetes à venda na Casa da Música.


Concerto de tributo a José Afonso

18 Julho 2013

A Associação José Afonso (AJA) e a Reitoria da Universidade de Lisboa promovem, com o apoio do SPGL, no próximo dia 20 de Julho, um concerto assinalando os 50 anos da primeira edição de Os Vampiros. O concerto realiza-se na Aula Magna, em Lisboa, pelas 21h, e conta com a participação de Rogério Pires, Sérgio Caldeira, Pedro Syroh, José Fanha, o grupo Ensemble VOCT, Rui Pato, João Afonso, Manuel Freire, Luis Pastor, Lourdes Guerra, Pedro Fragoso e Francisco Fanhais.


O capitalismo num beco sem saída

Manuel Raposo — 10 Dezembro 2012

O Capitalismo num Beco Sem Saída (*) é o expressivo título de um livro, publicado este ano nos EUA, que analisa a presente crise do capitalismo mundial de um ponto de vista marxista. Centrado sobretudo na situação dos EUA, o livro mostra o significado da destruição de emprego e da sobreprodução numa era de alta tecnologia e grande produtividade do trabalho. Uma obra que, a partir da actualidade, aborda não apenas os aspectos económicos da crise mas também os movimentos sociais e políticos que ela está a gerar.
O autor, o norte-americano Fred Goldstein, colabora no jornal Workers World e publicou em 2008 uma outra obra, Capitalismo de Baixos Salários (**), em que aponta os efeitos do novo imperialismo globalizado e de alta tecnologia na luta de classes nos EUA.