Arquivo: Julho 2015

Uma lição para muitos canalhas

5 Julho 2015

Hoje, dia 5, o povo grego, vivendo uma situação económica e social extremamente difícil e apesar de cercado e chantageado por toda uma corja de gestores do capital (Merkel, Schauble, Schulz, Lagarde, etc — a corja portuguesa nem merece referência, dada a sua irrelevância), coadjuvada por bandos de analistas e de jornalistas de serviço, que apelavam à submissão de todo um povo e à vitória do Sim, mostrou uma enorme dignidade e deu uma grande lição a muitos canalhas. É caso, para os que puderem, afirmarem: “todos somos gregos”.


Grécia: não à austeridade

José Borralho —

OxiPor toda a Europa imperam as políticas austeritárias e a Grécia é a maior vítima dessas políticas. Os números não enganam sobre a devastação capitalista do FMI, da UE e do BCE, que os provocou: quebra do PIB em 25%, dívida igual a 180% do PIB, desemprego generalizado (60% entre os jovens), pobreza, destruição dos serviços sociais.

Nunca é demais repetir as causas que levaram o actual governo grego ao poder:
– A resistência dos trabalhadores à austeridade, imposta pelos governos da direita a mando da UE/BCE/FMI, através de dezenas de greves gerais, de ocupações e de combativas manifestações, que tornaram insustentável o poder burguês.


O golpe de Estado dos “adultos”

António Louçã — 2 Julho 2015

Lagarde_Moscovici_SchaeubelAo declarar que seria preciso discutir uma solução para a Grécia, mas “com adultos dentro da sala”, a directora-geral do FMI, Christine Lagarde, estava a revelar a atitude genocida do capital internacional sempre que alguém se lhe atravessa no caminho.
Logo surgiram tentativas para minimizar o significado da frase de Lagarde, como se ela se tivesse limitado a lançar uma graçola de gosto duvidoso, ao estalar-lhe o verniz de grande dama perante a relutância de um Governo em capitular. A essa luz tratar-se-ia talvez de uma grosseria ou mesmo de uma manifestação de carácter digna de Strauss-Kahn. Só com a diferença de Lagarde não violar empregadas de limpeza e sim povos inteiros, com os seus direitos sociais e direitos humanos.


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