Trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa em luta contra a repressão

Manuel Monteiro — 9 Novembro 2007

cmlplenario7nov-dia_reduz.JPGOs trabalhadores de limpeza da CML, um dos sectores mais sacrificados de entre os funcionários do município, estão em luta porque dois deles, do Posto de Limpeza da Infante Santo, recusaram – conforme prevê a lei – trabalhar sem luvas protectoras. Qual a reacção das chefias? Penalizaram os dois trabalhadores com faltas injustificadas.

Esta prepotência levantou uma onda de indignação entre os trabalhadores o que levou o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) a convocar um
plenário para o dia 7 deste mês. A assembleia decorreu nas instalações da CML na Boavista, participando nela a grande maioria dos trabalhadores da limpeza.
Foi aprovada uma moção em que se exige que seja fornecido aos trabalhadores equipamento de protecção individual e que sejam retiradas as faltas injustificadas aplicadas aos dois trabalhadores referidos. Se estas exigências não forem satisfeitas, haverá uma radicalização da posição dos trabalhadores que pode ir até à greve, conforme foi anunciado pela direcção sindical.

cml7nov_celsocrop72dpi.jpgA moção foi depois entregue na CML, concentrando-se os trabalhadores em frente ao Município, enquanto os seus representantes a entregavam às chefias. Mudar de Vida falou com Celso Costa, um dos trabalhadores que se recusou a trabalhar sem luvas, apontado pelos seus camaradas de trabalho como um jovem determinado, firme contra a prepotência das chefias, que nos disse estar disposto a continuar a luta pelos seus direitos. Pergunta do MV: Celso Costa, firme na luta? Resposta: Firme.

Duas notas de agradecimento: à direcção do STML, pela forma como nos recebeu e nos facilitou o trabalho; e aos trabalhadores em plenário, pelo carinho com que receberam os poucos exemplares do MV disponíveis e pelos incentivos que nos transmitiram para que continuássemos a publicar este jornal – porque os trabalhadores necessitam de uma tribuna onde sejam expressas as suas lutas e aspirações.


Comentários dos leitores

Eduardo 9/11/2007, 14:45

Gostava de saber o que aconteceria a um ministro qualquer que tivesse que entregar um trabalho feito a computador a determinadas horas e ficasse sem computador?
Ou lhe iam comprar um novo computador, ou lhe diziam que não havia problema.
Agora foram os cantoneiros, amanhã serão outros, a CML sem dinheiro para papel e impressoras, não é por culpa deles que não há dinheiro na CML, quem governa isso é o pessoal de topo (políticos e pessoas da sua confiança).

Cantoneiro zona 8 31/1/2008, 23:47

"Gostava de saber o que aconteceria a um ministro qualquer que tivesse que entregar um trabalho feito a computador a determinadas horas e ficasse sem computador?"
É fácil... Simplesmente não faz trabalho a computador porque na realidade tem quem o faça por ele, logo nunca poderá dar o valor devido a alguem. Até acredito que existam vereadores e outros boys e girls que não saibam fazer uma simples apresentação de PowerPoint...


Envie-nos o seu comentário

O seu email não será divulgado. Todos os campos são necessários.

< Voltar