Revolta-te!

13 Outubro 2011

alutaestanarua_manif12marco6_crop.jpgEm apoio das manifestações do passado dia 1 e da que vai realizar-se no próximo sábado, dia 15, o Colectivo de Comunistas Revolucionários e o Colectivo Mudar de Vida divulgaram um comunicado em que denunciam o ataque, agora conduzido pelo governo PSD/CDS, contra os assalariados. O texto afirma que o rumo dado pelo capital à vida do país é o desemprego maciço, o empobrecimento geral da população trabalhadora e a sua redução à condição de massa sem direitos. Contra isso, os dois colectivos sublinham de novo a necessidade de os movimentos de protesto se unirem numa plataforma de luta anticapitalista que force o patronato a recuar e que obrigue o capital a pagar a crise.

Revolta-te!
Contra o terrorismo social capitalista temos legitimidade de lutar por todas as formas

Em poucos meses, o governo PSD/CDS mostrou que a sua política é a continuação, para pior, da política do PS. Em cima de tudo o que já tinha sido feito pelos governos de Sócrates, os últimos meses tudo pioraram.
A maioria obtida por PSD e CDS abriu portas a uma nova onda contra os assalariados impulsionada por toda a classe capitalista. A mudança foi exclusivamente a favor de patrões e poderosos.

A destruição das protecções sociais do Estado e das defesas legais do trabalho foram aceleradas, agora sob o chapéu do acordo firmado com a troika FMI/BCE/UE. Estas medidas são de verdadeiro terror social. Visam alterar radicalmente a relação de forças entre patrões e trabalhadores. O fito é dar ao capital todas as liberdades para dominar como quiser a força de trabalho.

Está à vista que o rumo dado pelo capital à vida do país é o desemprego maciço, o empobrecimento geral da população trabalhadora e a sua redução à condição de massa sem direitos.

Esta política de esmagamento das classes trabalhadoras faz acumular a indignação e a revolta. Importantes manifestações de jovens reclamam uma vida digna. Cresce o número dos que querem responder ao terror social imposto pelo patronato. As condições são favoráveis ao alargamento do campo da luta de classes.

É preciso incentivar esta disposição de luta e rejeitar a chantagem sobre os “perigos de convulsão social”. Com o argumento da defesa da ordem, as classes dominantes apenas pretendem assegurar condições para continuarem a esmagar os de baixo.
Está em curso um ataque em todas as frentes contra o trabalho. Contra isso, é preciso unir todas as forças que se juntam à luta de massas e declarar a legitimidade da resposta social em todas as suas formas.

Para que a luta tenha um sentido útil, é preciso que os trabalhadores rejeitem pagar os custos da crise e façam valer os interesses próprios da sua condição de classe. Não lhes cabe, nem podem, resolver os problemas do capital – mas podem, e só eles podem, defender os seus interesses de assalariados.

Acreditamos que é possível forçar o patronato a recuar se, do lado dos trabalhadores, se reunirem as forças sociais dispostas a obrigar o capital a pagar a crise.

Quatro medidas para que o capital pague a crise

Trabalho para todos
– Ponto final nos despedimentos.
– Contra o desemprego e a precariedade, reduzir o horário de trabalho sem reduzir salários.

Combate à pobreza e à degradação do nível de vida
– Aumento dos salários e pensões, redução do leque salarial.
– Não ao aumento dos preços.
– Uso dos dinheiros do Estado e da Segurança Social em exclusivo para apoio ao emprego e ao bem-estar dos trabalhadores.
– Corte drástico nas despesas militares. Regresso de todas as forças militares e policiais em missões no estrangeiro.

Mais justiça social em vez de polícia
– Apoio social aos bairros pobres, aos imigrantes e à população empurrada para a miséria.
– Fim ao esbanjamento dos dinheiros públicos. Revogação das Parcerias Público-Privadas.
– Julgamento dos especuladores e corruptos. Expropriação das suas fortunas em benefício da Segurança Social.
– Fim dos privilégios dos administradores e políticos. Extinção das reformas milionárias.
– Impostos fortemente progressivos sobre o capital e as fortunas.

Unidade popular contra o capital
– Recusa do acordo com a troika.
– Combate à política de terrorismo social do patronato.
– União de todos os movimentos de resistência ao ataque capitalista.
– Reforço da organização sindical e da sua capacidade de luta
– Solidariedade com os povos da Grécia e de Espanha.

Outubro de 2011
Colectivo de Comunistas Revolucionários
Colectivo Mudar de Vida


Comentários dos leitores

Antonio Alvão 13/10/2011, 21:25

Luta internacional contra a ditadura do capital.


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