Arquivo: Outubro 2007

Um Rio de dinheiro para La Féria, em troca de quê?

M. Gouveia — 27 Outubro 2007

rivoli2reduz.jpgOs negócios pouco transparentes legitimam todas as suposições. E na sociedade em que vivemos, adoradora de um só e único deus, o dinheiro, os poderosos nada fazem à borla. Está nos genes do capitalismo. La Féria e os seus espectáculos têm uma determinada função social, cuja utilidade é reconhecida e paga pela classe no poder.


Em risco de fechar

A equipa de cuidados paliativos do Centro de Saúde de Odivelas, assinalou dez anos de actividade, com direito a visita do primeiro-ministro e tudo. O centro acompanha mais de 200 doentes, alguns com necessidade de visitas diárias e serviu de modelo para o país ver como se tratam os doentes em fase terminal. Agora, os contratos de alguns dos 20 técnicos vão ser revistos no âmbito da nova lei de contratações, não se sabendo se serão renovados. O Centro foi obrigado a não aceitar mais doentes. O que vai acontecer aos utentes desta unidade? No privado há resposta: só o internamento ascende aos 200 euros por dia.


Cavaco tem bom remédio

25 Outubro 2007

Cavaco Silva disse ter vergonha da pobreza que cresce em Portugal. O Presidente da República tem bom remédio: vete as leis do governo que cada vez mais enriquecem os ricos e empobrecem os pobres.
Fernando Barão
Amadora


Nem impotentes nem derrotados

Caríssimos,
Desconhecia, até ao momento, o projecto para «Mudar de Vida». Mas imagino!
Enquanto cidadão que tenta estar interveniente, actuante e respondão ao poder, fico alegre e agradecido pela iniciativa.
Enquanto jornalista, apraz-me confrontar-me com um título assim, neste país em que mais nada tem havido, do ponto de vista da cidadania, que uns aranhões que intentamos, uns e outros ir dando para não nos sentirmos impotentes e derrotados.
Não somos nem impotentes nem derrotados! Essa é que é essa.
E queria saber mais – se possível muito mais – acerca do projecto. Pode ser? Há «manifesto», dossier ou coisa que o valha que me valha?
Abraço solidário.
António Loja Neves


Sugestões

Camaradas,
Permitam-me propor-vos uma sugestão quanto ao formato Web. Julgo que um contador de visitas, além de vos dar uma visão aproximada da adesão dos “cibernautas” ao projecto, poderá dar algum alento aos mais desmoralizados/desmotivados.
Sem querer fazer uma análise muito pormenorizada do jornal, devo dizer-vos que me agrada o grafismo e paginação. Poderia pensar-se em arranjar alguma publicidade, sei lá?! junto de livrarias, restaurantes-bar, cinemas, teatros, sindicatos, associações profissionais, etc…
Um abraço.
LG


Responder às necessidades de milhões

Ao Colectivo Mudar de Vida
Quero-vos saudar na ocasião da saída do nº1 do Jornal. Num momento tão grave para os trabalhadores , as suas famílias e os jovens no nosso país, o aparecimento de um jornal com estas característica pode, certamente, ser um precioso contributo para a reorganização da luta dos trabalhadores por um mundo melhor.
Estou certo que o Mudar de Vida será um auxiliar importante na resistência que em muitas empresas e sectores, escolas e associações, os trabalhadores e jovens travam contra a brutalidade do capitalismo e o os seus serventuários governamentais.


Cobrar aos pobres, perdoar aos ricos

O filho de Jardim Gonçalves pediu um empréstimo de 12 milhões de euros ao brinquedo do Papá, o BCP, não o pagou e a dívida foi-lhe perdoada porque, segundo o banco, “não tinha possibilidades de a pagar”. Ou seja, não deve nada! Então, mas… para que um banco empreste dinheiro não é preciso fiadores, as jóias da família, um rim, hipotecas – qualquer coisa que garanta o pagamento?


Pensionistas em perda contínua de poder de compra

M. Raposo —

pobreza.jpgNos últimos sete anos, os reformados da função pública sofreram uma quebra de poder de compra que varia entre 5 e 10 por cento, consoante o valor das pensões. Deve-se isto ao facto de os aumentos anuais serem sempre inferiores à inflação; e ainda à taxa de desconto para a ADSE (sistema de saúde) aplicada às reformas superiores a 605 euros.


Pequena localidade revolta-se no sul da China

Bill Schiller, Toronto Star (excerto) —

Após anos de suspeição e de crescente revolta, os cidadãos de Xiangtang, uma localidade do sul da China com 3500 habitantes, decidiram que não estavam para aturar mais o que viam: os políticos locais pareciam ficar cada vez mais ricos e todas as outras pessoas a ficarem para trás, enquanto os terrenos que eram propriedade de toda a comunidade iam desaparecendo, para dar lugar a investimentos comerciais.


Punição colectiva

O ministro israelita da Defesa prepara-se para aprovar cortes no fornecimento de energia eléctrica e de combustíveis à Faixa de Gaza “para tentar parar os ataques de rockets”. Israel fornece 60% da energia eléctrica ao milhão e meio de habitantes de Gaza. Os líderes palestinianos responderam à ameaça acusando Israel de infligir punições colectivas aos palestinianos (proibidas pelas Convenções internacionais). O porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, comentou: “Servirem-se das necessidades humanas básicas para chantagear o nosso povo é algo que nunca nos enfraquecerá”.