Não se percebe

3 Abril 2008

Os rasgados elogios de Jaime Gama a Alberto João Jardim, durante uma visita recente à Madeira, evidenciam, claro, a sem-vergonha dos barões do PS. Mas o que verdadeiramente espanta é a consternação que lavra nas hostes socialistas. Só por amnésia histórica se pode entender tal reacção. Soares aliou-se a Spínola para esconjurar o “perigo comunista”; Zenha juntou-se a Eanes para “recentrar” a democracia; Maldonado Gonelha e Torres Couto combinaram-se com PSD e CDS para “democratizar” o movimento sindical; Guterres deu o braço à reacção católica contra a despenalização do aborto; Sócrates cumpre o programa que a direita nunca conseguiu levar a cabo para “benefício de todos os portugueses”. Onde está a surpresa?


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