3 números, 3 perguntas e 9 respostas

Cristina Meneses — 3 Janeiro 2008

Através de um questionário enviado por «e-mail» a assinantes do MV procurámos avaliar a receptividade que o jornal tem merecido.
Colocámos 3 questões, pedindo que as respostas fossem sucintas.
(Continuaremos a publicar as respostas que entretanto nos chegarem)

1. «Mudar de Vida» é um jornal político popular. Em termos gerais, qual é sua apreciação sobre o jornal?
2. «Mudar de Vida» é também editado na internet. Consulta o site? Redige comentários?
3. Qual é a receptividade que o jornal tem entre os seus amigos e conhecidos?

Equilíbrio entre secções
1. Foi além das minhas expectativas (também é verdade que sou pessimista, ou antes: realista). O equilíbrio entre as secções parece-me bom.
2. Consulto diariamente o site. Tecnicamente, é muito fácil de consultar. A crítica que faço ao site diz respeito à divisão de tópicos, existindo demasiadas sobreposições entre eles. Nunca redigi comentários.
3. Tenho procurado divulgar o jornal e estimulado a colaboração de outras pessoas, mas sem discussões pessoais, porque estamos dispersos por diferentes cidades e só comunicamos através de correio electrónico.
João Bernardo

Secções em falta
1. Para mim o aparecimento do jornal foi uma agradável surpresa, penso que a redacção é clara, estando a faltar secções sobre a luta nos campos, sobre o movimento associativo, em geral, em particular sobre o ambiental. Acho que tem faltado a apresentação de alternativas ao que é feito em termos sindicais (sindicatos burocratizados). Seria interessante a abertura do jornal a diferentes correntes de esquerda não parlamentar, nomeadamente a colectivos anticapitalistas.
2. Consulto o site várias vezes por semana, pelo que acho importante a sua permanente actualização. Nunca redigi qualquer comentário.
3. Apenas tenho dado a conhecer a mais uma pessoa.
Teófilo S. Braga

Entrevistas são importantes
1. Positiva. A redacção é clara, as notícias são bem escolhidas, o espaço é muito bem aproveitado (muitas notícias, variadas e não muito extensas), os textos estão bem escritos, e considero importante a realização de entrevistas. As secções cobrem todos os assuntos relevantes e são equilibradas. O que tem faltado? A resposta não cabe em duas linhas. Diria, apenas, que o jornal faz uma crítica (certeira) à actual sociedade e à situação política internacional, mas não apresenta alternativas políticas, que é o que falta actualmente. Também acho que há uma excessiva prudência em criticar o PCP e outras forças ditas de esquerda.
2. Consulto o site praticamente todos os dias, para ver se há novidades. É fácil de consultar e está bem feito. Considero uma boa ideia disponibilizar o jornal na Internet. Ainda não redigi comentários.
3. Confesso que tenho divulgado pouco o jornal, mas já o dei a conhecer a amigos (a versão electrónica).
José M. Lopes Cordeiro

Muitas lutas sem cobertura
1. Antes de mais, é preciso sublinhar que o MV vem preencher uma importante lacuna no panorama informativo, sobretudo em que, em todos os jornais, é sensível um acentuado deslize à direita. Na minha opinião a redacção é clara e a abordagem correcta, embora a cobertura do país ainda não seja abrangente. Assim, ainda ficam sem cobertura muitas lutas que decorrem pelos quatro cantos do país, sejam pelas condições salariais, atropelos ambientais, etc… Aproveito a ocasião para vos oferecer os meus préstimos como colaborador na zona de Évora, cidade onde resido. Tenho 32 anos de experiência como jornalista, os últimos 12 dos quais ao serviço do «Público», que abandonei há dois anos dada a reviravolta à direita que esse diário sofreu. Contem comigo. Terei muito gosto em colaborar activamente no projecto.
2. Já consultei o site na Internet e não encontrei dificuldades, embora não o faça com regularidade.
3. Encontrei bastante receptividade para o jornal entre os meus amigos. No entanto, embora seja reconhecida a necessidade de um órgão de luta, muita gente mantém ainda a atitude derrotista e fatalista que tem caracterizado muita gente descontente, sobretudo “antigos combatentes” da esquerda revolucionária. Mais uma razão para seguir em frente. Existem também aspectos organizativos que seria necessário resolver. Por exemplo, recomendei o jornal a amigos, mas não soube dizer-lhes como podiam tratar da assinatura.
José Pinto de Sá

Pouco conhecido
1. Bom.
2. Não.
3. Pouco conhecido.
Jorge Humberto Fagundes

Análises sobre Portugal
1. Corresponde às minhas expectativas e é claro. Faltam análises mais profundas sobre Portugal.
2. O site é fácil de consultar e visito-o 2 a 3 vezes por semana.
3. Já divulguei por todos os meus contactos electrónicos, apelando a serem assinantes.
Tito Baião

Artigos mais desenvolvidos
1. Gosto do aspecto geral do jornal em termos gráficos. É bastante claro, parabéns. Quanto ao conteúdo, alguns artigos mereciam um texto mais profundo e alongado.
2. Sim, consulto para saber quando vão mandar o jornal para casa! Ainda não abdico de um jornal impresso.
3. Sim, dou. Ficam curiosas e suponho que visitam o vosso site.
Susana Otero

Falta de textos mais aprofundados
1. Gosto do jornal. Ele trabalha com notícias que os jornais empresariais não trabalham. Aqui no Brasil, não há um único jornal nessa linha. Sinto falta de uns textos mais aprofundados. Acho que não deve ser um site com uma coleção de artigos, mas também não deve ter somente notícias curtas. O ideal seria um tópico opcional com textos mais longos, para quem quiser ler. De todo modo, o projeto está animador.
2. Eu só consulto o site e nunca antes redigi comentários. Vejo-o diariamente.
3. Tenho divulgado a meus amigos e conhecidos e, quando tiver algo a notificar, pretendo escrever à redação.
Rudolfo

Apontar saídas organizativas
1. O Jornal aparece atualmente como uma luz na escuridão. No Brasil, (conforme disse o colega acima) só temos mídia corporativa e oficial. As mídias independentes se restringem à internet e são pouco populares (feitas só para ativistas). Os poucos jornais de esquerda que existem ou são “chapa branca” do governo do PT ou são atrelados a partidos, não temos jornais abertos como o Mudar de Vida. Minha apreciação é excelente. Sugiro que se adote um certo espaço para textos de intervenção na realidade, de caráter mais propositivo, conforme outros disseram – no sentido de apontar saídas organizativas, etc.
2. Consulto o site regularmente. Tenho por vezes alguma dificuldade em procurar artigos pequenos. Mas em geral, está muito bom. Já redigi comentário.
3. O Jornal tem sido bem-vindo pelos meus companheiros de militância no Brasil. É acessado por estes na internet, aqui no Brasil. Confesso sinceramente que sentimos falta de ter um jornal como este, aqui, um Mudar de Vida brasileiro. Sugiro que se prossiga numa divulgação intensa via internet, e outros meios de dar publicidade ao jornal. Aqui no Brasil, quando queremos dar a conhecer ao amplo público leitor, utilizamos a internet – listas de emails, propagandas na Indymedia, orkut, etc.
Sugiro também e principalmente, o uso de listas de email – mala direta – para divulgação e debate entre leitores. Aqui no Brasil isto costuma dar muito certo e contribui amplamente para a divulgação. Um jornal tão bom precisa de uma política especial de divulgação.
Paulo M. V. Dias


Comentários dos leitores

Paulo V. M. Dias 13/1/2008, 16:34

1) O Jornal aparece atualmente como uma luz na escuridão. No Brasil, (conforme disse o colega acima) só temos mídia corporativa e oficial. As mídias independentes se restringem à internet e são pouco populares (feitas só para ativistas). Os poucos jornais de esquerda que existem ou são "chapa branca" do governo do PT ou são atrelados a partidos, não temos jornais abertos como o Mudar de Vida. Minha apreciação é excelente. Sugiro que se adote um certo espaço para textos de intervenção na realidade, de caráter mais propositivo, conforme outros disseram - no sentido de apontar saídas organizativas, etc.
2) Consulto o site regularmente. Tenho por vezes alguma dificuldade em procurar artigos pequenos. Mas em geral, está muito bom. Já redigi comentário.
3) O Jornal tem sido bem-vindo pelos meus companheiros de militância no Brasil. É acessado por estes na internet, aqui no Brasil. Confesso sinceramente que sentimos falta de ter um jornal como este, aqui, um Mudar de Vida brasileiro. Sugiro que se prossiga numa divulgação intensa via internet, e outros meios de dar publicidade ao jornal. Aqui no Brasil, quando queremos dar a conhecer ao amplo público leitor, utilizamos a internet - listas de emails, propagandas na Indymedia, orkut, etc.
Sugiro também e principalmente, o uso de listas de email - mala direta - para divulgação e debate entre leitores. Aqui no Brasil isto costuma dar muito certo e contribui amplamente para a divulgação. Um jornal tão bom precisa de uma política especial de divulgação.


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