A teta das PPP

8 Novembro 2016

A empresa Auto-Estradas do Atlântico exige ao Estado uma indemnização de perto de 30 milhões de euros que um tribunal arbitral lhe concedeu depois de ter reclamado 530 milhões de “reequilíbrio financeiro” ao abrigo da PPP que tem com o Estado. Isto porque, com a instalação, em 2013, de portagens em Scut que levavam tráfego à A8, a AEA perdeu clientes. Ou seja, o cidadão paga por dois lados: nas novas portagens das Scut e nas indemnizações aos mamutes das PPP.
E como a coisa rende também na Saúde, o Grupo CUF investe em novos hospitais e clínicas: só em 2016 perto de 250 milhões de euros. No total, tem 15 unidades, duas delas ao abrigo de PPP.
É claro que tais investimentos não se justificariam se a Saúde pública fosse plenamente eficaz, como também é evidente que o capital privado tudo fará para impedir que o seja.
No ano passado as quatro PPP na área da Saúde custaram ao Estado 430 milhões de euros.


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