Semana de luta nos transportes

Pedro Goulart — 7 Fevereiro 2011

grevemetro.jpgTrabalhadores dos transportes públicos e das transportadoras privadas iniciaram greves no dia 7 de Fevereiro, em protesto contra os cortes e os congelamentos salariais no sector. Mas, também, face à generalizada ofensiva levada a cabo pelo estado e pelo capital contra os seus direitos económicos e sociais.

Na segunda-feira, entre as 6.30 horas e as 11.30 horas da manhã, uma paralisação quase geral dos trabalhadores parou o Metropolitano de Lisboa.

Na quarta-feira, as paralisações atingem a Transtejo e a Carris, em Lisboa, e a STCP, no Porto. Na Transtejo, os trabalhadores vão parar três horas por turno. Na Carris, a paragem acontece entre as 10 e as 14 horas, e na STCP não haverá transportes entre as 9.30 e as 14 horas.

Quinta-feira param os trabalhadores do sector ferroviário. Na CP, CP Carga, Refer e EMEF, a paralisação abrange todo o período de trabalho, sendo a única excepção entre os “trabalhadores de tracção”, onde se incluem os maquinistas, que param entre as 5 e as 9 horas.

No fim da semana, protestam os trabalhadores das empresas privadas de transportes que estão contra o congelamento de salários. Na Soflusa, em Lisboa, os trabalhadores param duas horas por turno, na Rodoviária de Entre Douro e Minho, Braga, e na Rodoviária da Beira Interior, Coimbra, as paragens realizam-se entre as 3 e as 14 horas.

E como, em muitos casos, não são disponibilizados transportes alternativos, é uma semana difícil para quem diariamente utiliza os transportes colectivos. Embora muita gente possa sentir-se prejudicada, é necessário que se compreenda a justa luta dos trabalhadores do sector e que se apontem os verdadeiros responsáveis pelas dificuldades dos utentes – os mesmos que prejudicam os trabalhadores do sector: governo e patronato.
E, provavelmente, as lutas do sector não ficarão por aqui.


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