Bolívia e Venezuela cortam relações diplomáticas com Israel

Manuel Raposo — 16 Janeiro 2009

O presidente boliviano Evo Morales deu a conhecer no dia 14 o corte de relações diplomáticas da Bolívia com Israel e disse que ia pedir ao Tribunal Penal Internacional para acusar os responsáveis israelitas de genocídio. Também a Venezuela expulsou o embaixador israelita no dia 6. Dois exemplos que contrastam com a postura cúmplice das autoridades portuguesas diante do massacre.

Perante o corpo diplomático, Morales afirmou que o ataque israelita é uma ameaça séria à paz mundial. Disse ainda que devia ser retirado a Shimon Peres, presidente de Israel, o Prémio Nobel da Paz dadas as suas responsabilidades na invasão. O presidente boliviano criticou ainda o que chamou “Conselho de Insegurança” das Nações Unidas pela frouxidão da sua resposta aos acontecimentos e pediu à Assembleia-Geral da ONU que condene a invasão.

Por sua vez, a Venezuela expulsou, no dia 6, o embaixador e pessoal diplomático israelita. O governo venezuelano reafirmou na altura “a sua vocação de paz e a sua exigência de respeito pelo Direito Internacional” e manifestou a “solidariedade sem limites do povo venezuelano ao heróico povo palestiniano”.

O governo venezuelano deu ainda instruções à sua missão na ONU para que, juntamente com outros governos, exerça pressão para que o Conselho de Segurança aplique medidas urgentes para pôr termo à invasão.

As declarações tornadas públicas acusam Israel de cometer “flagrantes violações do Direito Internacional” e de “utilização planificada do terrorismo de Estado” contra o povo palestiniano.

O porta-voz venezuelano acusou ainda, frontalmente, o governo de George W. Bush de estar por detrás da ofensiva israelita e manifestou a disposição da Venezuela de estabelecer uma ponte aérea com Gaza em resposta ao bloqueio, por parte dos israelitas, do auxílio humanitário e da acção da Cruz Vermelha.


Comentários dos leitores

heitor da silva 16/1/2009, 20:01

A barbárie israelita desde há muito, muito tempo mantida, ante a complacência quase geral de Estados auto-proclamados livres e defensores dos direitos humanos e a conivência de muitos outos auto-intitulados defensores da Democracia, leva-nos a considerar utópico e arriscado o exercício da simples manifestação do INALIENÁVEL DIREITO DOS POVOS À LIBERDADE, o que torna este planeta uma global prisão. Por isso as excepções são não só mais apreciadas como mais facilmente ouvidas...


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