Problema “tecnológico”

15 Junho 2019

“Por cada sete empregos destruídos pelas novas tecnologias, apenas se cria um novo”. A afirmação é do economista espanhol Santiago Niño Becerra, numa entrevista à televisão de Espanha, Maio 2019. Este dado desmente a afirmação, repetida pelos apóstolos do capitalismo, de que “a tecnologia destrói emprego, mas cria outros que agora não existem”. Cria outros, de facto, mas a um ritmo, pelos vistos, sete vezes inferior ao da destruição. Esta evolução, que para a sociedade capitalista é uma dor de cabeça no plano social (que fazer com tanta gente afastada do processo produtivo e do consumo?), é todavia um sinal positivo na perspectiva de uma sociedade futura livre do capitalismo. Significa a redução drástica do trabalho obrigatório, a libertação da escravatura assalariada, a disponibilidade de tempo para actividades verdadeiramente humanas — uma das condições básicas do comunismo. O problema não é a tecnologia: é o capitalismo.


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