Espertezas

6 Novembro 2016

Cidadãos cipriotas recorreram ao Tribunal de Justiça da UE para que a troika fosse condenada por os ter obrigado a pagar os buracos dos bancos. O tribunal não lhes deu razão, embora admitisse que os cidadãos têm o direito de processar a troika. Tanto bastou para que Rui Tavares (Livre) exultasse com a possibilidade, que só ele vê, de “ser feita justiça”, por iniciativa dos “milhões” de cidadãos “directamente prejudicados” pela troika. Tavares lá concede, num assomo de senso, que “não será fácil” ganhar a causa, mas “com um caso bem preparado”…
Tavares parece não ter notado que o tribunal agiu como alguém preconizava sobre as eleições: dê-se ao povo o voto mas não o poder.
A ânsia de Rui Tavares em fazer da UE o melhor dos mundos (só que mal orientado) leva-o à beira do ridículo. E leva quem o toma a sério a embarcar em mais umas ilusões sobre a “reforma” das instituições — como se o poder da UE se deixasse abalar com espertezas.


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