Uma questão de bandeiras

20 Novembro 2015

Amantes das suas liberdades, os europeus comoveram-se, compreensivelmente, com os ataques terroristas em Paris. Temerosos, acolhem por inteiro a propaganda do poder, que fez do caso o centro de todas as discussões. Submissos, apoiam a política guerreira dos seus governos que, alegremente, a levam a cabo há anos, sem problemas. Resignados, aceitam que lhes cortem as liberdades a troco de uma segurança inexistente. Centrados em si, agitam bandeirinhas francesas e cantam a Marselhesa, mas esquecem os recentes atentados na Turquia, no Líbano, no Sinai, ou na Nigéria (400 mortos) por serem lá fora. Alguém se lembrou de fazer um minuto de silêncio por esses 400 mortos ou colocar nas redes sociais as bandeiras da Turquia, da Rússia, do Líbano ou da Nigéria?


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