Arquivo: Novembro 2013

A espionagem e o bom aluno

António Louçã — 12 Novembro 2013

espionagemUSSucedem-se as revelações sobre a espionagem da NSA. Os alvos não foram apenas governos considerados hostis, mas também amigos tão estimados como os governos da Alemanha, da Itália, da França, de Espanha. Não se procurava, portanto, informações úteis na chamada luta antiterrorista, mas também aquelas que fossem úteis às multinacionais norte-americanas, para torná-las mais “competitivas” contra as concorrentes europeias. Não espiavam apenas a CIA e a NSA, mas também os serviços alemães, que entregavam aos colegas ianques informações sobre os concidadãos alemães, os serviços franceses, os italianos e os espanhóis que faziam exactamente o mesmo sobre os seus concidadãos.


Traços da guerra diplomática Lisboa-Luanda

Manuel Raposo — 5 Novembro 2013

lisboaluandaA burguesia que governa Angola é, em essência, igual à portuguesa: exploradora e corrupta. Com a diferença de ter menos tempo de prática.
Acontece, porém, que a burguesia angolana se libertou da tutela colonial da burguesia portuguesa e agora está por cima à custa do petróleo, dos diamantes, dos imensos recursos do país e do crescimento económico impetuoso dos últimos anos — conseguido, aliás, com o fim de uma longa guerra civil grandemente promovida pela burguesia portuguesa. Em contrapartida, a burguesia portuguesa está por baixo. Penhorada ao capital europeu e com os negócios nacionais estagnados, precisa de investir em Angola, precisa dos investimentos angolanos em Portugal, precisa que os novos-ricos angolanos venham fazer compras de luxo a Lisboa. É esta a moldura dos negócios entre Portugal e Angola.


Os filhos ideológicos de Franco e Salazar manifestam-se

Carlos Completo — 1 Novembro 2013

InesRioEm Madrid, milhares de pessoas protestaram contra a decisão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem de mandar libertar a antiga militante da ETA Inés del Rio Prada, detida há 26 anos. Esta decisão do Tribunal evidencia que “o que está suspenso no Estado espanhol são os direitos fundamentais, os direitos humanos, e isso foi dito pelo Tribunal de Estrasburgo de forma clara”, declararam fontes afectas aos presos políticos bascos.


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