A corja

9 Junho 2013

A propósito da greve dos professores deste mês de Junho, é vê-los a saltar: o governo, o presidente da República, os homens/mulheres de mão do capital, grande parte dos “analistas” do regime, argumentam que a greve não devia realizar-se naqueles dias, poderia ser noutra altura (nas férias, aos fins de semana?), porque lesa os estudantes, etc. E os milhões de prejudicados pelo desemprego, pelos saques governamentais, pelo empobrecimento e pela fome (que atinge mesmo muitas das crianças em idade escolar), quem se preocupa a sério (sem humanitarismos balofos) com isso?
Muitos destes críticos da greve até fazem uma declaração prévia a dizer que as greves são constitucionais, que não é isso que está em causa, pois são muito democratas! Ora, quando as coisas são mesmo a doer (nas greves, como em outras lutas avançadas), esta gente arranja sempre um pretexto para as combater, afirmando que “há outras formas de luta”, “outras alturas mais adequadas”. Mas esta é uma boa ocasião para demarcação das diversas posições de classe. E também uma oportunidade para desmascarar a hipocrisia dos falsos amigos do povo!


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