Não à extradição dos independentistas bascos

Carlos Completo — 19 Janeiro 2010

rubalcabaruipereira_web.jpgPerseguidos pela Guardia Civil em Espanha, Garikoitz Garcia e Iratxe Yañez entraram em Portugal, por Trás-os-Montes, onde foram presos pela GNR. Foi uma “coordenação espectacular” disse Pérez Rubalcaba, o ministro espanhol das polícias, ao referir-se à rápida detenção pela GNR dos dois independentistas bascos. “Agradeço a Portugal e às suas forças de segurança, pela sua eficácia”, acrescentou ainda Rubalcaba. As palavras do ministro espanhol são, no fundo, o reconhecimento da crescente cumplicidade repressiva entre as autoridades portuguesas e espanholas.

Tendo comparecido no Tribunal de Torre de Moncorvo, em 10 de Janeiro, Garikoitz Garcia e Iratxe Yañez foram depois transferidos para a PJ, em Lisboa, onde foram apresentados no dia seguinte ao Tribunal Central de Instrução Criminal.

As autoridades espanholas e os jornalistas embedded do sistema (tanto em Espanha, como por cá), que acusam os detidos de ligações à ETA, têm pressionado o governo português no sentido de uma rápida extradição destes dois presos políticos para Espanha. Sabe-se que a questão tem sido objecto de várias conversas a nível ministerial dos dois países, apesar da propalada separação entre o poder executivo e o poder judicial.

Por outro lado, sabendo-se como a Espanha pratica a tortura, nomeadamente em relação aos presos políticos bascos – situação já várias vezes denunciada por insuspeitos organismos internacionais dos direitos humanos – consideramos grave que o estado português seja cúmplice desta situação, extraditando os independentistas para Espanha.

Para além de outras formas de solidariedade, apelamos à vossa assinatura no abaixo-assinado promovido pela Associação de Solidariedade com o País Basco: http://www.petitiononline.com/ehpt1974


Envie-nos o seu comentário

O seu email não será divulgado. Todos os campos são necessários.

< Voltar