Arquivo: Dezembro 2008

Dia Internacional d@ Migrante

17 Dezembro 2008

Diversas organizações de imigrantes, anti-racistas, de defesa dos direitos humanos e outras, têm desenvolvido trabalho conjunto, designadamente, na mobilização contra a Directiva da Vergonha e na manifestação do 12 de Outubro. Na sequência desse trabalho, houve no passado sábado uma reunião na Casa do Brasil em que decidiram fazer um folheto para distribuir no Dia Internacional d@ Migrante (18 de Dezembro) no metro do Chiado, em Lisboa. Os promotores convidam outras organizações a subscreverem o referido folheto (contactar a Casa do Brasil em Lisboa) e apelam a todos os que desejem ajudar na distribuição a comparecerem, no dia 18, quinta-feira, pelas 16h45 na saída do metro do Chiado.


Mais dados sobre os voos da CIA

16 Dezembro 2008

Depois de o governo espanhol ter comprovado que pelo menos um prisioneiro da CIA escalou os Açores, num voo entre Guantánamo e o Cairo, o jornal El País revelou documentos provando a implicação do governo de Madrid nos voos da CIA. Aznar recebeu das autoridades norte-americanas comunicação dos voos e autorizou-os. E, como nota o El País, o mesmo aconteceu com todos os governos europeus nas mesmas condições. No caso português, a suspeita recai sobre os governos de Guterres, Durão Barroso e Sócrates, mas o seráfico ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, continua a negar a existência de provas. Esperemos. Ao ritmo a que as denúncias vão aparecendo é uma questão de tempo.


A crise: imagem da irracionalidade do capitalismo

Manuel Raposo —

fome2jpg_72dpi.jpgNas notícias e nos comentários sobre a crise financeira domina a ideia de que a causa do descalabro está no comportamento de determinados agentes económicos. O exagero dos empréstimos de alto risco, a ganância, a falta de controlo das operações de crédito, etc., são apontados como origem do problema, e sugere-se mesmo que uma eficaz fiscalização teria evitado que se chegasse a tal ponto.


Debate sobre a acção nos sindicatos

Francisco d’Oliveira Raposo (*) — 14 Dezembro 2008

stml3.jpgPublicámos nesta página, em 28 de Novembro, um artigo de Francisco Raposo, “Contra a privatização da recolha de lixos em Lisboa”, em que o autor dava conta da preparação da greve dos trabalhadores da Limpeza Urbana de Lisboa, que decorreu entre 8 e 11 de Dezembro. Martins, ex-sócio do STML, enviou um comentário em que perguntava “Porque é que o STML não marcou pelo menos um dia de greve para os restantes trabalhadores da Câmara?”. Francisco Raposo responde agora ao comentário de Martins.


Corrupção à solta

13 Dezembro 2008

A prometida transparência do Estado continua nublada e obscura. É ou não legal que os gestores de empresas e instituições públicas aufiram ordenados/rendimentos superiores ao do primeiro-ministro e do presidente da República? Não! O governador do Banco de Portugal e o administrador dos CTT ganham muito e muito mais… A lei está a ser transgredida pelo governo que a criou. Vejam-se os salários milionários e obscenos pagos na Câmara Municipal do Porto e o regabofe na empresa pública de obras sociais da Câmara Municipal de Lisboa. A justiça está conluiada com a corrupção activa e criminosa que anda à solta em Portugal. É urgente uma vigilância revolucionária dos cidadãos sobre os escondidos negócios do Estado.
Fernando Barão


Socialdemocracia remendada

O capitalismo está mundialmente de rastos. Bateu no fundo. Dificilmente os nossos impostos vão salvá-lo. A crise/recessão não vai parar, apesar de os governos dizerem que sim. O tão apregoado neoliberalismo morreu. Agora querem desesperadamente ressuscitar a socialdemocracia, remendada e refundada. Objectivo: salvar a pele e justificar/manter o sistema. Porque é que em Portugal o PCP e o BE – que dizem defender o socialismo científico – não têm a coragem de o proclamar aberta e frontalmente como alternativa ao capitalismo?
Fernando Barão


Imperialismo

O imperialismo unipolar de pensamento único acabou. A superestrutura económica/financeira que o sustenta está a ruir. A cidadania revolucionária mundial tem que lutar contra outro tipo de imperialismos emergentes – China, Índia, Rússia, União Europeia, etc. Imperialismo nunca mais!
Fernando Barão


Os colonatos são a essência do sionismo

António Louçã —

palestina-nablus.jpgO título deste artigo deve parecer despropositado, no momento em que a polícia israelita, numa operação-relâmpago, invadiu e desocupou o edifício de Hebron que se encontrava ocupado por cerca de duas centenas de colonos.
O edifício, cinicamente baptizado pelos colonos como “Casa da Paz”, era propriedade de um palestiniano que nega tê-lo vendido. Os colonos instalaram-se nele e afirmaram tê-lo comprado. O Supremo Tribunal israelita ordenou a sua evacuação, até que uma instância judicial inferior decidisse sobre o assunto. Os colonos recusaram sair e a questão arrastou-se durante várias semanas.


Merecem uma medalha

12 Dezembro 2008

Os últimos quatro governos PS ou PSD apoiaram a guerra ao Afeganistão. Alinharam na invasão do Iraque, reunindo com Bush nos Açores e autorizando a passagem pelas Lajes de aviões militares. Consentiram os voos com presos para Guantánamo (onde chegaram a estar mais de 700 prisioneiros, com idades entre os 11 e os 75 anos, em condições infra-humanas). Negaram sempre as evidências e recusam-se a investigar o crime. Agora, num gesto de “humanidade”, Luís Amado oferece asilo em Portugal a alguns dos prisioneiros, para branquear os crimes dos EUA e a cumplicidade das classes dirigentes portuguesas. Pelo elevado grau de cinismo, governo e Luís Amado merecem uma medalha!


Grécia insurrecta

Manuel Raposo — 11 Dezembro 2008

greciamotins.jpgDesde sábado, dia 6, milhares de manifestantes vêm protestando contra a polícia em mais de uma dezena de cidades da Grécia, e até fora do território grego, nas representações diplomáticas em Londres, Berlim e Paris. Centenas de lojas, agências bancárias e viaturas foram destruídas ou danificadas com pedras e bombas incendiárias em todo o país. Esquadras de polícia foram atacadas. Dezenas de polícias foram feridos. A indignação generalizada contra as forças repressivas cresceu poucas horas após o assassinato pela polícia, em Atenas, de um jovem de 15 anos, Alexandro Grigoropoulos.