Solidariedade com o povo grego

19 Dezembro 2008

greciamotins2_72dpi.jpgRespondendo ao apelo feito em 12 de Dezembro pela Assembleia de Ocupantes da Universidade Politécnica de Atenas (ver texto no final), vão realizar-se em Lisboa e no Porto acções públicas no âmbito de um Dia de Acção Internacional de solidariedade com o povo grego.

Lisboa: concentração na Praça da Figueira às 15h00
Porto: actividades na Casa Viva (Praça Marquês de Pombal, nº 167) às 15 horas

O movimento popular na Grécia levantou-se em protesto contra o assassinato pela polícia, no passado dia 6, de um jovem de 15 anos, Alexandros Grigoropoulos. Mas os protestos alastraram a toda a Grécia e persistem e ganham novos adeptos porque os gregos estão fartos das crescentes desigualdades sociais e da violência da polícia sobre os cidadãos.

A maioria dos gregos com menos de 25 anos sabe que vai enfrentar um futuro pior que o dos seus pais. Há um paralelo gritante – no que respeita a desigualdades, pobreza, corrupção dos meios capitalistas, políticas anti-sociais – entre a situação na Grécia e em Portugal.

O assassinato de Alexandros não foi um simples incidente. A repressão tem por alvo os que resistem, os que se revoltam com as injustiças e as combatem – e deixa sistematicamente impunes os ricos e os poderosos. É o que sucede também no nosso país com o crescente armamento das polícias, as limitações das liberdades públicas, as rusgas nos bairros pobres, a inexistência de justiça – em contraste com a brandura com que são tratados os criminosos e os especuladores de alta-roda.

Estamos solidários com os que lutam, com o exemplo de bravura dado pelos jovens e pelo povo grego. Estamos com os que foram presos nos confrontos das últimas duas semanas. Estamos com todos os que se juntam ao protesto pelo mundo fora.

Apelo Internacional

“Hoje (Sexta-feira, 12 de Dezembro), a assembleia do Politécnico Ocupado de Atenas decidiu fazer um apelo a acções de resistência, a nível europeu e mundial, em memória de todos os que foram assassinados – jovens, imigrantes e todos os que lutavam contra os lacaios do Estado. Carlo Juliani, a juventude dos subúrbios franceses, Alexandros Grigoropoulos e inúmeros outros, em todo o mundo. As nossas vidas não pertencem aos Estados nem aos seus assassinos! A memória dos irmãos e irmãs, amigos e companheiros assassinados mantém-se viva através das nossas lutas! Não nos esquecemos dos nossos irmãos e irmãs, não perdoamos os seus assassinos. Por favor, traduzam e espalhem esta mensagem por um dia comum de acções coordenadas de resistência, no maior número de sítios possível em todo o mundo.”

Texto original do apelo disponível no site: http://www.indymedia.org.uk

Para acompanhar a situação ver os blogues:
http://exarchialx.blogspot.com
http://casa-viva.blogspot.com


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